•115•

9.1K 673 200
                                    

Tirar uma onda com meu time nesse capítulo, porque eu mereço 🤪

Maratona 1/3

+ 25 (bateu a meta e eu já solto outro)

Coringa 💀

Eu passei a faca na coxa dela mais uma vez, que gritou de dor, se contorcendo na cadeira. Sorri enfiando mais a faca e tirei de uma vez só.

A mulher do Deco, falou sobre não querer que ela sofresse. Comigo não tem dessa, bateu, levou. Lorena sabia muito bem, que se rendesse a isso, teria grandes chances de ser torturada até a morte.

Não quero que ela saiba que a irmã dela sofreu dessa forma, de maneira alguma. Eu já falei que não quero esse assunto fora daqui, já por isso transferir ela do morro. Não concordei com a atitude dela, de tentar defender a irmandade, que pela Lorena nunca existiu.

Mas fazer o que. Não sou eu que sinto, não é na minha pele, então deixei no baixo. Porém, eu fiz ela sofrer, já estava extremamente acabada, cheia de corte, passei a zero e mandei tacarem álcool por cima das feridas.

Cadu era responsabilidade do Deco, eu nem esquentei a cabeça, peguei a Lorena por ele não querer se envolver diretamente, por causa da mulher né.

Quando eu dei conta ela já tava desacordada, com a respiração quase falha por completo, mas tava destruída, de cima em baixo.

Coringa : Acabei aqui, desce o ácido e deixa agonizar até morrer. -Sai da salinha passando a ordem e eles concordaram. -Quero o corpo quando eu voltar.

Peguei meu carro e piei pra Penha de novo, parei na casa que tinham deixado comigo e tomei meu banho, vestindo o manto do meu galão da massa.

Passei a corrente pelo pescoço e coloquei a glock na cintura, saindo de casa. Peguei meu filho com a menina que eu tinha pago pra ficar com ele e subi pro bar, pra terminar de assistir meu time ser campeão.

Coringa : Ai credo o galão ganhou mais uma vez. -Eu sacudi o Guilherme no meu colo, que sorriu, passando a mão no meu rosto. Bebi no meu copo de cerveja e apoiei ele na mesa, pra poder pegar a mamadeira dele.

Eu vi a Luiza sentada com o Xt e a Julia e acenei pra eles, que me cumprimentaram de volta. Na minha mesa só estávamos eu e o meu filho.

Julia me chamou com a mão e eu me aproximei dela, que estendeu os braços pra pegar o Gui.

Julia : Jura que é seu filho? -Perguntou e eu concordei, terminando de fazer um toque com o Xt e deixei um beijo na bochecha da Luiza.

Luiza : Ele tem quantos meses? -Perguntou segurando a mãozinha dele, que sorriu pra ela.

Coringa : Dez. -Respondi. Eu fiquei ali pouco tempo, depois eu desci com o Gui pro parquinho, ele fica mais calmo em lugar que tem criança.

Depois eu entrei no carro e coloquei ele na cadeirinha, e fui subindo. Parei na porta da casa da Luiza e vi ela do lado de fora, com o celular na mão.

Coringa : Te prenderam pra fora? -Perguntei rindo, abaixando o vidro do carro e ela confirmou.

Luiza : Juro, trinta minutos que eu tô aqui. -Falou e eu ri. -Tô achando que eles esqueceram que eu moro aqui.

Coringa : Entra ai, pode ficar la em casa. -Ela negou na hora. -Pode confiar pô, melhor do que ficar ai sozinha na rua.

Ela ficou meio assim, mas veio. Destravei o carro e ela entrou, olhou pra trás e viu o Guilherme que estava com o chocalho na mão.

Luiza : Ele mora com você? -Eu concordei e fiz a volta, trocando a direção.

Coringa : Desde que nasceu. -Falei depois de um tempo. -Mãe dele morreu no parto.

Luiza : Nossa. -Falou assim. -Me desculpa...

Coringa : Ta tudo bem. -Falei na moral. -Eu não tinha proximidade com ela, ela engravidou por puro deslize nosso, na primeira vez que a gente ficou, ela veio, me contou, eu assumi, óbvio né. Tava acompanhando, mas de longe, na semana do parto eu voltei pra nossa cidade, pra ficar perto, e no dia aconteceu isso. Fico com muita dó dele, mas faço de tudo pra ele crescer bem.

Luiza : Ele vai. -Falou e eu continuei dirigindo, até chegar em casa. Abri o portão pelo controle eletrônico e estacionei o carro. Ela desceu e eu tirei o Guilherme da cadeirinha. -Vocês são de onde?

Coringa : Minas. -Respondi e ela riu. -Por que?

Luiza : Pelo sotaque. -Falou baixo. -Da pra perceber, o jeito que ce fala também...

Eu fui entrando e ela veio atrás, pediu pra ir no banheiro e eu mostrei onde era e ela foi. Aproveitei pra ajeitar o Gui e coloquei ele pra dormir, quando eu voltei ela tava sentada no sofá, mexendo no celular.

Coringa : Quer alguma coisa? -Perguntei sentando do lado dela, que negou. -Ta pensando em que? Calada ai.

Luiza : Nada. -Falou olhando pra frente. -O Cadu, morreu hoje?

Coringa : Eu não sei. -Fui sincero. -O lance de vocês, era sério mesmo? Se não quiser falar ta de boa, mas as vezes é bom colocar pra fora.

Luiza : Era sério, mas era complicado. Já tinha uns três anos, que a gente tava nessa, mas nunca chegamos assumir relacionamento sério, por eu fazer faculdade na pista, mas envolvia sentimento, MUITO sentimento, a gente só não se assumia por medo, de eu virar alvo por estar com ele também...mas no final das contas, ele mesmo estava me colocando em perigo né.

Coringa : Foda, foda pra caralho. A gente se sente usado, né? É complicado sô, mas fazer o que, aconteceu e agora é olhar pra frente.

Luiza : Foram muitas mentiras, muitas manipulações. Eu fui estrupada. -Olhei pra ela, que continuou olhando pra frente, e o olho enchendo de água. E ele foi o cara, que me fez acreditar que ainda existia pessoas boas, entende? Me buscava na faculdade, me fazia acreditar que valia a pena, sabe? E no dia que eu terminei com ele, eu me senti a pior pessoa do mundo, eu me culpei...e depois...

Mermão, eu juro que quando eu dei conta ela já tava chorando, ai eu abracei ela né, que continuou ali.

Coringa : Chorar faz bem, tem que colocar pra fora mesmo, mas tá tudo bem, já passou... -Eu passei a mão no cabelo dela um tempão, e quando eu percebi ela tinha dormido ali.

Subi com ela pro quarto e deitei ela na cama. Tampando com a coberta. Peguei outro travesseiro e um edredom e desci, pra poder dormir no sofá da sala.

Recomeçar [M] Where stories live. Discover now