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Madu ✨


3 dias depois

Eu calcei meu chinelo e fui indo pra garagem e entrei no carro com meu pai, meu rosto tava o puro inchaço, lotado de olheira, ele me deixou no pé do morro e foi pro serviço dele.

Fui subindo e senti algumas pessoas me encararem, mas abaixei a cabeça e fiquei quieta, já tinha vazado, que a gente nós não estávamos mais juntos.

Eu cheguei na minha casa e abri a porta, só subi mesmo pra pegar minhas coisas, tanto aqui, quanto no Deco, e eu aproveitei, que ele tinha ido pra São Paulo, pra conseguir resolver minhas coisas.

Depois que eu fechei tudo certinho eu subi pra casa dele. A Luiza não tá muito contente comigo, mas também tá respeitando meus momento, em relação a ele, ela fica neutra.

Quando eu cheguei, ela que abriu pra mim, mas disse que ia na venda e que depois voltava pra trancar. Eu subi pra pegar minhas coisinhas e me deu uma vontade de chorar do caralho, onde eu ia, eu vizualizava a gente, nossos momentos.

Deco : Tem como a gente sentar e conversar ou você vai continuar nessa de ficar me ignorando? -Perguntou com a voz rouca e eu comprimir meu lábio, segurando meu choro, antes de virar pra trás e vê ele no batente da porta.

Madu : Você não tava em São Paulo? -Perguntei desviando meu olho e ele passou a mão no rosto, fechando a porta.

Deco : Tu termina comigo sem explicação nenhuma pelo telefone e ainda quer saber porque eu não tô na porra de uma missão? -Eu fiquei quieta e ele ficou lá, me encarando, com braços cruzados.

Ele tava frustrado também, dava pra perceber, no olhar dele, que nada estava bem e saber que eu fui a responsável por isso, me quebra demais.

Deco : Porra Maria Eduarda, na moral cara, tu mais do que ninguém sabe que eu te amo pra caralho, tu é a mulher da minha vida, ta fazendo assim por que? -Veio pra perto de mim e segurou meu rosto. Eu fechei meu olho sentindo as lágrimas descerem e quando eu abri eu vi que ele tava chorando também. -Fala pra mim cara, eu te fiz alguma coisa? Volta pra mim pô, só te peço isso, não sou nada sem você.

Madu : Eu não posso. -Falei negando com a cabeça. -Ce não merece isso, nada disso, você não fez nada, nunca, mas eu fiz. -Falei trêmula e fiquei tentando encarar ele. -Eu fiquei com outra pessoa, me desculpa por isso, mas eu te trair.

Ele soltou meu rosto e ficou la me olhando sem reação alguma, mas tava chorando ainda, com o olho vermelho.

Deco : Para com isso cara. -Falou baixo, e olhando pra baixo, ele ficou um tempo calado e eu peguei minha mochila. Quando eu olhei pra ele de novo, vi ele tirando a aliança do dedo e vê aquilo me quebrou de mais. Ele jogou ela na cama e saiu do quarto.

Logo em seguida eu sai também, chorando demais, por ter mentindo pra ele, daquela forma, sabe? Porque eu sabia que se eu tivesse falado de outra forma ele não ia acreditar, ia ficar pensando na minha cabeça, e eu não posso, não nessa situação.

Basicamente o pai dele veio atrás de mim, e me ameaçou, de diversas formas, que eu sei, que pra ele não é impossível.

Eu vi, na minha frente, um monte de fotos do Heitor, do meu pai com a Marcela, das meninas, dentro da minha casa, no super mercado.

Eu vi fotos do Deco, dentro da boca, e eu sei, que tem mais gente envolvida nisso, eu não sei, em quem eu confio, em quem eu não confio, mas só de saber, que tem a chance do amor da minha vida morrer, por uma coisa que eu não fiz, eu morro por dentro, de diversas formas diferente.

Heitor é meu tudo, minha família é meu tudo, o Deco, não tenho palavras, cara. Eu não sei qual o intuito dele com isso tudo, cara, só mandou eu me afastar, porque se isso não acontecesse, ele tirava todo mundo de mim, e eu prefiro saber, que eles estão bem, entende?

Antes todo esse sofrimento, do que eles perderem a vida deles, e eu não me perdoaria por isso, nunca.

(…)








Recomeçar [M] Where stories live. Discover now