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Deco 🚩

Puxei a cadeira ouvindo meu celular tocar e peguei, vendo que era a Maria Eduarda, ignorei de primeira, pra terminar umas parada e assim que eu terminei liguei de volta pra ela.

Deco : Fala minha patroa. -Coloquei o telefone no ouvido e ficou em silêncio durante um tempinho. -Amor?

Madu : Eu quero que você me esqueça. -Falou chorando e eu já comecei a ficar mais atento, com uma parada ruim pra caralho no peito. -Pra sempre, tá entendendo? Não te quero mais, pra mim acabou, tudo.

Deco : Maria Eduarda, que caralho é esse cara? Ta chapando? Que bagulho é essse?

Madu : Só me esquece, esquece, tudo que a gente já viveu, esquece que eu entrei na sua vida, eu não te quero mais. -Voz dela tava falha, soluçando até.

Deco : Amor, para com isso. Onde tu ta cara? Não faz isso comigo, com a gente, na moral, bora conversar, me explica o que ta acontecendo. -Na moral, quando eu percebi eu já tava chorando pra cacete, ela não falava nada, mas a ligação tava rodando.

Madu : Acabou Deco, tudo. -Ela desligou e eu tentei ligar de novo, mas celular só dava desligado, passei a mão no rosto e levantei, pegando meu capacete.

Luiza tava na porta da boca, pronta pra entrar, e tinha uns cara, na porta, eu fui passando reto e ela segurou no meu braço, me olhando.

Luiza : Que foi? Aconteceu alguma coisa? -Perguntou e eu olhei pro lado, fui entrando na outra salinha e ela veio atrás, aí eu fechei a porta dela. -Ce tava chorando? -Passou a mão no meu rosto e eu tirei a mão dela.

Deco : A Maria Eduarda, Lu. Na moral, tu é amiga dela, o que tá pegando? -Ela me olhou sem entender e me veio a vontade de chorar de novo.

Luiza : O que tem a Madu, Luan? Fala cara, ta me deixando assustada.

Deco : Ela terminou comigo, Luiza, me ligou aí agora, mandando eu esquecer ela, disse que não me quer mais.

Luiza : O que? Não cara, é caô, certeza, ela é apaixonada por você, não tem lógica, não tem resposta.

Deco : Ela foi bem séria no telefone, deu pra perceber, eu tô indo atrás dela. -Tentei passar pela porta e ela enfiou na minha frente.

Luiza : De cabeça quente assim tu não vai não, ta maluco? Principalmente de moto... -Ela começou a falar e eu passei reto, desci as escadinhas que tinha e subi na minha moto, liguei ela e desci direto pra pista, passando pela Olegáro.

Foi eu chegar na parte de trás do condomínio, que vieram três seguranças, eu tentei ligar a moto, pra da a volta mas eles começaram a atirar. Eu saquei minha arma e tentei fazer o retorno, acelerei o máximo que deu, mas ai vieram cinco carros da bope me cercando.

Eu parei com a moto e os soldados foram saindo, apontando as armas pra mim e eu levantei os braços em rendimento, vieram dois e me algemaram, levantei o rosto pra mim e suspirei, sentindo o aperto no coração só aumentar.

A gente tava indo pra delegacia, foi entrar numa avenida menos movimentada que começou uma trocação de tiro. Eu abaixei minha cabeça assim que comecei a sentir bala na lataria do carro.

Tudo ficou quieto durante uns dois minutos, aí abriram a porta de trás e eu vi o Cadu, com os cara do morro.

Cadu : Complicado tu passar a regra pra ninguém de nós sair do morro hoje mas ser o primeiro a desobedecer né. -Falou abrindo a algema e eu fiquei quieto. -Tem uma moto lá fora, pega e passa pelo matagal, na avenida de cima a blitz é dos cara que que tá com a gente, eu tô indo por baixo.

Foi lance rápido, todo mundo tá preparado pra isso, tá ligado na correria que é, eu já peguei tudo e fui subindo, por onde o Cadu falou, fui diminuindo a velocidade quando eu entrei no morro, mas na minha mente, só vinha ela.

Não me vejo sem a Maria Eduarda, nunca nessa vida, ela é minha paixão pô, amor da minha vida, e os lance que ela falou comigo, me cortou o coração, veio uma parada que eu nunca senti antes em toda a minha vida.

Luiza : Eu te avisei pra não ir cara, custava me ouvir pelo menos uma vez? -Me abraçou e eu continuei do mesmo jeito. -Eu liguei pra Madu. -Falou e eu passei a prestar atenção nela. -Ela não me atendeu também, falei com a madrasta dela, mas ela disse que ela saiu cedo de casa, e não tinha voltado ainda.

Concordei e fui saindo, sentindo ela atrás de mim, mas fechei a tranquei a porta antes dela entrar. Sentei ali, na minha mermo e bolei meus beck, não queria pensar em nada, mas só vinha ela, na minha mente.

(…)

Recomeçar [M] Where stories live. Discover now