Where I Go?

A Solidão em Pessoa

Não fomos tão rápido quanto eu queria. Não que eu tivesse alguma coisa contra com a própria Esme. Por Deus! Ela é o amor em pessoa! Mas eu ansiava pela solidão, como todo ser antissocial. Mas, no meu caso, eu devia ser a solidão em pessoa.

Durante o caminho, Esme foi me apresentando aos cômodos da casa. Todos tão incrivelmente bem organizados e limpos. A casa não era pequena em nenhum ponto. Espaços grandes e delicadamente decorados. Era um luxo imortal.

-Bem, chegamos. –falou a senhora Cullen assim que parou a frente de uma escada. -Esses poucos degraus levam a porta do sótão. Você gostaria que eu a acompanhasse ou preferiria a deliciosa surpresa? –questiona olhando para mim com a mais amável expressão.

Eu deveria ser educada e pedir para que me acompanhasse? Não, pois estaria fazendo um favor a nós duas. Por mais amável que Esme possa ser, eu sabia que ela tinha outros planos e minha visita inesperada, seguida de permanência, tirou alguns minutos do seu compromisso.

-Achei a deliciosa surpresa algo curioso e desafiador. Gosto de desafios. –respondi esboçando um sorriso gentil que logo foi retribuído.

-Tudo bem então. Eu vou dar uma saidinha rápida até a casa do meu filho e nora. Eu posso esperar se você quiser vir.

Era uma pergunta tentadora. Mas não poderia aceita-la. Ver ele teria que ser algo a se esperar. Por certo, teria que evitar ao máximo possível. Porém, ficando ali, não teria escapatória do reencontro mais cedo ou mais tarde. Só que eu tinha o poder da escolha naquele momento, então declinei a ver novamente Edward Anthony Masen, agora Cullen, na primeira oportunidade que tive. Falei que não teria problema em ficar e Esme logo disse o mesmo, acrescentando para mim ficar a vontade se quisesse conhecer a área ou explorar a casa, no entanto, sem sangue humano. Esme sabia ser “durona” quando preciso, principalmente com uma estranha, e aquela ordem, apesar de dada com incrível amabilidade, tinha seu toque de exigência.