Capítulo 9

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Estava passando pelo corredor, quando ouvi meu nome ser chamado por uma voz que fez todos os pelos do meu corpo se arrepiar.

— Kyle. — levei alguns segundos para me mexer, mas forcei meu corpo a se virar. Sorri. E tenho que admitir, aquele foi o segundo sorriso mais doloroso que eu havia dado.

— Yuki? — finji não saber o nome da criatura, enquanto olhava ao redor, constatando o óbvio. Sozinhos, estávamos sozinhos.

— Você tem um ótima memória, acho que vai poder me ajudar. — disse se aproximando com aquele maldito sorriso. Ajudar? Não era bem o que eu gostaria de fazer por você.

— Ajudar com o quê? — arfei quando ele invadiu o meu espaço pessoal.

— Durante a confusão, alguns rádios sumiram magicamente do nosso estoque. — disse mexendo na gola da minha camisa. Engoli em seco e tentei controlar meu coração, mas ele batia de forma enlouquecida no meu peito. — você não saberia de algo, saberia? — pousou as mãos nos meus ombros, de forma que ficássemos, cara a cara. E eu odiei aquilo. Odiei aquela aproximação. Odiei aquele toque. Eu odiava ele.

— Eu não sei de nada, estava com você o tempo todo. — disse, sentindo ele fazer pressão nos meus ombros. Apertei os olhos, estava machucando.

— E durante a confusão? Você não estava comigo. — disse me olhando fixamente.

— Assim que a confusão começou, eu fui derrubado por alguém. — argumentei, sentindo suas mãos de espinhos me machucar. 

— E não pensou em me ajudar em momento algum? — brandou de forma acusadora.

— Eu não sabia se deveria, nem sabia que a milícia era dividida. — tentei sair do seu aperto, todavia ele me manteve no lugar. 

— Agora você sabe. — disse afrouxamento o aperto. — O Niragi e os homens que andam com ele é do grupo oposto. — disse me analisando cuidadosamente. 

— Entendi. — disse me afastando dele. 

— Eu te assustei, não foi? — disse abrindo um largo sorriso. — Não foi minha intenção, cara. É só que os rádios sumiram, você estava lá e é novo por aqui. — disse mordendo os lábios, tentando esconder o sorriso. Ele gostava disso, gostava de aterrorizar as pessoas ao seu redor. — Eu já tenho uma ideia de quem está por trás disso. 

— Quem? — perguntei lembrando do que a kuina disse. "Minha mãe precisa de mim."

— Não importa. — Ele me olhou. — Eu já te incomodei demais, pode ir. — disse virando as costas e me deixando paralisada ali. Se ele descobrir que foi o Chishiya, já era o plano e isso será o fim para kuina. Inferno. Isso não é problema meu. 

20:34

— Buh! — tentei assustar, Kuina que estava sentada em uma mesa afastada, saboreando tranquilamente uma bebida vermelha, enquanto segurava um de seus cigarros.

— Vai ter que fazer melhor do que isso se quiser me matar. — disse de forma ácida.

— Qual é, já está bêbada? Você sabe que eu não vou te fazer mal. Se eu quisesse te matar eu já o teria feito. — disse puxando uma cadeira e sentando. Olhei ao redor, procurando o carrapato.

— Não o fez por quê eu impedi. — disse cheia de si.

— Mas eu poderia, se eu realmente estivesse disposta a te matar, eu o faria. — apertei os olhos em sua direção. — Você viu como eu lutei no primeiro dia, Niragi me acertou fortemente, mas eu continuei. Tudo para estar aqui. — disse voltando a olhar ai redor. — Logo, se eu quisesse te matar, eu o faria, kuina.

Fúria In Bordeland Where stories live. Discover now