Capítulo 36 - Enterrando O Passado...

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Olhava do meu siso no chão ao corpo de Yuki do outro lado da sala, enquanto cuspia o líquido vermelho e respirava com dificuldade

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Olhava do meu siso no chão ao corpo de Yuki do outro lado da sala, enquanto cuspia o líquido vermelho e respirava com dificuldade.

Tínhamos começado um confronto violento após a saída do militar e surpreendentemente, além de me deixar no chão, o desgraçado também tinha conseguido arrancar um dente meu. Ele não estava melhor do que eu, mas o fato dele ter conseguido esse feito, mostrava que ele estava bem mais preparado do que eu esperava. E como consequência, mais perigoso.

- Você melhorou bastante desde a última vez. - admiti, o vendo se arrastar pelo chão.

- Pois é, no seu hábitat natural tudo fica melhor. - disse, parando perto do vaso de plantas e voltando a insistir que esse mundo era dele.

Sorri, ficando de pé com certa dificuldade e retirei o corta vento, me preparando para continuar a luta.

- Sabe de uma coisa, esse é o seu problema Kira. - começou e respirou fundo, levando uma mão para a costela. - Esse é e sempre foi o seu maldito problema. - comentou se escorando no vaso de barro e tossindo. - Sabe por que estamos aqui hoje? Por que você nunca soube a hora de parar. - continuou, me dando as costas e tentado ficar de pé. - Alguém deveria ter te ensinado isso. Alguém deveria ter te dado uma lição também. - pontuou, me fazendo apertar os olhos para suas palavras. Também?

- Eu sei muito bem a hora de parar, Yuki. - apontei, irritada. - E dessa vez, eu te garanto que eu não vou parar. Não até sua cabeça rolar.

- Viu só! - me olhou por cima dos ombros, com um sorriso irritante nos lábios. - Nos não precisamos brigar, Kira. Na verdade, eu deveria te agradecer. - franzi a testa confusa, o observando ficar de pé e agarrar no estômago. - Você nos trouxe para esse mundo, para o lugar que foi feito para pessoas como eu! - comentou, socando o peito, parecendo sofrer da mesma síndrome de Deus do Chapeleiro.

- De novo isso? - debochei de suas palavras, tentando entender a sua louca teoria. - Acha mesmo que isso aqui foi feito para você? - ri de seus devaneios. - Você é realmente doente. - cuspi, entre dentes.

- Já que você me acha tão louco? Por que não ouve uma das minha histórias? - indagou, abrindo um sorrindo sujo. - O que você pensou quando conheceu a minha irmãzinha? - voltou a se apoiar no vaso e agarrou no estômago, ganhando minha atenção e me fazendo ficar totalmente incomodada com o questionamento súbito. - Aposto que ela era como um muro blindado e permaneceu assim por um bom tempo até deixar você entrar. - continuou, fazendo meu coração acelerar com o fato verdadeiro.

- Por que você está falando dela agora, seu bastardo? - indaguei alterada, sentindo a ansiedade tomar conta de mim.

Será que eles nos vigiou ou coisa do tipo? Impossível, ele estava internado. Mas como ele sabia disso?

Fúria In Bordeland Where stories live. Discover now