Capítulo 17

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07:20

Estava totalmente imersa no meu sono, quando escutei a porta ser aberta de modo tão agressivo que a mesma bateu contra a parede. Estava prestes a tirar o cobertor do rosto, mas fui surpreendida com dois pares de mãos no meu pescoço e um peso sobre minha barriga, que me fez gemer de dor.

— Como você já deve ter percebido, hoje eu não estou para brincadeira, Chishiya. — Não precisava nem olhar para saber que Niragi estava possesso de raiva. Eu tentava falar, mas as mãos do homem me impedia. — onde ela está? — tentei tirar suas mãos e após mais uns segundos daquele jeito ele afrouxou o aperto, me deixando respirar. Maluco.

— Seu maluco de merda! — gritei, enquanto tentava controlar a minha respiração. — Qual o seu problema? — gritei mais uma vez. Ele ainda sem sair de cima de mim, se inclinou um pouco para trás e me encarou surpreso.

— Eu pensei que você fosse ele. — falou baixo, mas logo sua postura mudou e o homem se inclinou abrindo um sorriso malicioso. — Aliás, por que está na cama dele? 

— Me diz, que tipo de pessoa chega sufocando a outra? — perguntei irritada. — Saí de cima! Eu ainda estou ferido esqueceu? Você está me machucando! — tentei empurrar o homem, mas o mesmo segurou meus pulsos. 

— Eu estou te machucando é? — me analisou, enquanto se mexia. Tentei não demonstrar que estava doendo, pois era exatamente isso que ele queria, no entanto tenho certeza que fiz uma expressão de dor, pois Niragi abriu um sorriso de canto a canto. Desgraçado! Antes que eu pudesse responder, uma silhueta na porta do banheiro se tornou o centro das nossas atenções.

— O que houve, Ki...? — Chishiya apareceu na porta do banheiro e a frase morreu ao ver a cena.

— Exatamente, quem eu queria encontrar! — Niragi se afastou.

— Eu sempre soube que seu ódio por ele era tesão. — Chishiya provocou o moreno, fazendo ele sair de cima de mim e ficar cara a cara com o platinado.

— Eu não estou para brincadeira, seu merdinha! — começou pegando Chishiya pelo colarinho. — onde está a vadia? — Chishiya fez uma cara de confuso, enquanto eu assistia aquela cena. Que vadia?

— Eu não sei do que você está falando. — o platinado respondeu calmo e o moreno riu.

— Mas é óbvio que você sabe, seu idiota. — empurrou o menor e pegou sua tão querida arma, que até então, eu não tinha percebido que estava ali. — Eu vou perguntar só mais uma vez. — apontou a arma para o platinado. Isso não vai acabar bem. — Onde. Ela. Está?

— Acho que agora que ela está sóbria e pensando direito, deve está fugindo de você. Por que, cá entre nós, a pessoa tem que estar muito bêbada para ficar com alguém como você. — Chishiya riu. Ai, essa doeu. Espera, eu sou a vadia? Filho da puta.

— Você se acha demais, né?  Acha que tem sempre tudo sobre o controle. Você não passa de um maldito esnobe que anda por aí fingindo ser Deus.— Niragi falava baixo, mas de forma assustadora. Neguei com a cabeça e cocei os olhos, bocejando. — Você é substituível, por isso que eu acho que eu vou te matar agora mesmo. — eu sabia que o maior não estava para brincadeira, então eu resolvi interferir. — Vou matar você e o seu namoradinho.

— Você não quer fazer isso, vai por mim. — Chichiya disse. E após sua frase, eu peguei a faca que eu havia deixado embaixo do travesseiro e segurei firmemente, enquanto caminhava calmamente em direção dos dois idiotas que estragaram a minha manhã.

— Ah, eu quero, eu quero muito. — O moreno lambeu os lábios e mostrou a língua.

— Tem certeza? — coloquei a faca em seu pescoço o fazendo guardar a língua.

Fúria In Bordeland Where stories live. Discover now