Capítulo 42 - Inferno Na Terra

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Suspiro e dou um passo para trás, numa postura mais defensiva, mas pronta para descer o cacete nela

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Suspiro e dou um passo para trás, numa postura mais defensiva, mas pronta para descer o cacete nela.

Ela aperta os olhos na minha direção e me analisa de cima a baixo, parecendo duvidar da minha pessoa.

Devolvo sua olhada nada discreta e também a meço de cima a baixo. Ela aparentava ter a minha idade, era alta e os cabelos estavam amarrados em um coque, acredito que pelo calor, mas ainda assim ela parecia estar cozinhando, pois sua franja estava grudada na testa. Enfim, apesar de segurar uma faca, como se sua vida dependesse daquilo, os olhos tempestuosos e as mãos um pouco trêmulas indicava seu medo.

— Quem é você? — ela questiona, com a respiração pesada.

— Quem sou eu? — repito sua pergunta surpresa. — Quem é você? — devolvo a pergunta, olhando para suas roupas.

Ela solta uma risada nasal, como se tivesse ouvido uma piada e logo em seguida responde, petulante.

— Sou seu pior pesadelo, querida.

Aperto os olhos em sua direção e imito seu gesto, sorrindo.

— Você não me conhece, né? — indago e o sorriso atrevido logo desaparece de seu belo rosto.

— É claro que eu conheço. — ela aumenta o tom de voz e novamente, me divirto com a sua reação.

Eu nunca tinha visto aquela mulher ali. Ela era estranha. Ok que na Praia tinha muitas pessoas, entretanto ela não era uma mulher que passava despercebida. A altura, o rosto angelical, o sinal na bochecha... Ela era linda e a única mulher alta e bonita que eu conhecia era Kuina.

— Mentirosa.

— Eu estou falando sério. — retruca, irritada.

— Moletom, tênis e uma calça. — inclino a cabeça para o lado, fazendo uma careta brotar em seu rosto. — Você não é daqui. O Chapeleiro jamais deixaria alguém usar tais roupas, sem ser a milícia e você definitivamente não é da milícia. — aponto e espero ela dizer algo, mas ela não o faz. — Quem é você e o que está fazendo aqui?

— Eu sou nova aqui...

— É uma ova. — a corto sem dar chance dela continuar com a palhaçada. — Você segura muito bem essa faca e o olhar assassino, apesar de amedrontado, também diz muito sobre você. — digo fazendo ela engolir em seco e fechar ainda mais a cara.

— Conseguiu ver tudo isso só de olhar para mim? — pergunta cética e totalmente descontente com minhas observações.

Concordo com a cabeça.

— Sabe o que eu vejo quando olho para você? — questiona, segurando a faca com firmeza. Ela vai me atacar. — Vejo uma mulher linguaruda, incapaz de se defender e completamente fodida.

Após a sua fala, ela avança contra mim e com certa dificuldade, ouvindo a faca cortar o vento pela força dela, eu me esquivo de seus golpes. A mulher fica frustrada pelos erros e quando tenho uma oportunidade, acerto um soco em seu nariz, fazendo ela urrar de dor.

Fúria In Bordeland Where stories live. Discover now