Capítulo 21 - Fantasma

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- EU NÃO TENHO UM MINUTO DE PAZ NESSE CARALHO! - berrei invadindo a sala de treinamento onde Aguni estava. - Como diabos você faz um acordo comigo e em menos de vinte e quatro horas seus cachorros tentam me matar? - gritei, completamente furiosa com o acontecido de minutos atrás.

Após a revelação de Kuina, pedi para que ela voltasse para o quarto e ficasse tranquila, que tudo ficaria bem. Enquanto isso, eu marchei furiosamente ao encontro do homem mais velho.

Aguni me mediu de cima a baixo e apesar de toda a minha gritaria, o homem apenas me ignorou, bebericando sua bebida e voltou a observar a multidão que já se formava lá fora.

- Você está estragando todo o carpete. - apontou me fazendo rir. Eu estou cagando para a porra do carpete.

- Jura que está preocupado com o carpete? - questionei indignada.

- Você me desafiou na frente de todo mundo e eu nem iria encostar um dedo naquela garota. Não de verdade. - afirmou sério, me deixando surpresa e ao mesmo tempo desconfiada. - O que esperava que iria acontecer? - indagou.

- Eles quase me mataram. - apontei, tentando me controlar.

- Eu pedi para que eles dessem um susto em você.

- Eles tentaram me afogar. - o olhei furiosa.

- Criativos. - disse pensativo.

- Inacreditável. - resmunguei.

- Temos coisas mais importantes para se preocupar. - me olhou sério.

- Mais do que a minha vida? - questionei incrédula.

- Eles não iriam te matar. Por que está sendo tão dramático? - Revirei os olhos. - Ei, o que há com você? Eu ainda sou seu chefe. - brandou sério.

- Sorry, boss! - levantei as mãos, debochadamente e ele me fitou. Ok, chega, Kira. - Qual o problema?

- Ameaçaram o Chapeleiro. - soltou e eu banquei a atriz.

- O quê? Quando? - questionei.

- Quando ele voltou, hoje de madrugada, encontrou marcas, vermelhas, de mãos no cobertor. - me fitou.

- Isso não me parece uma ameaça. - disse simples.

- Essa é a parte ameaçadora. - me mostrou o projétil que eu deixei na cama do Chapeleiro. O mesmo que quase tirou a minha vida.

- Isso com certeza é uma ameaça. - peguei o projétil e o encarei, fingida.

- É mais do que uma ameaça, é um aviso de guerra. - começou me olhando sério. - Isso é de uma das armas do Chapeleiro. - pegou o projetil da minha mão e o encarou. - E a última vez que ele usou essa arma, foi para executar a traidora Akira e sua comparsa. - fechei os punhos. Yuna. O nome dela era Yuna.

- Ela não morreu. A traidora Akira? - perguntei, fazendo ele fechar os punhos.

- Pensavamos que sim. Nós nunca encontramos o corpo dela, mas pensavamos que sim. - respondeu pensativo.

- Acha que pode ser um dos seguidores dela?

- Impossivel. - disse rápido, se dirigindo a mesa de armas, onde estava sua garrafa de Bourbon. - Eles já estavam sem vida quando Kira apareceu. - retrucou, fazendo uma careta.

- O quê? - questionei o vendo se servir. Não lembrava que ele bebia tanto.

- Uma coisa que não sai da minha cabeça. - gesticulou com as mãos, me fazendo apertar os olhos e ficar curiosa.

Fúria In Bordeland Место, где живут истории. Откройте их для себя