Capítulo 12

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— Temos que ser rápidos! — Kuina disse.

— As luzes. — sussurrei e corri em direção dos interruptores, que ficava próximo a grande porta e fiz menção de tocar os mesmos.

— O que foi, Kyle? — perguntou Mira. Foi a primeira vez que a mulher de longo vestido preto se pronunciou desde que chegamos.

— Vou apagar as luzes! — avisei. — Vejam se encontram algo nas celas de vocês.

— Tipo florescente? — perguntou Niragi.

— Exatamente. — concordei antes de apagar as luzes, fechar os olhos e torcer para que fosse o que eu tinha em mente.

— Uau! — abri os olhos ao ouvir o que parecia ser alguém surpreso. — Kyle, aqui! — berrou o garoto da última sala, à direta. Seu ato, me fez acender a luz e, rapidamente, me locomover até as grades de sua cela. 

— Está aí? — perguntei entusiasmada, ao ver o garoto com as mãos em uma parte da parede, que aos meus olhos não parecia ter nada fora do comum. 

— Sim. — concordou com a cabeça, me fazendo abrir um sorriso de orelha a orelha. Ótimo!

— Niragi, vamos precisar da sua arma aqui! — exclamei, me virando para olhar o moreno maior.

— Sem chance! Ninguém toca na minha arma. — disse como uma criança birrenta. Andei até a grade do maior, que ficava frente a cela do menor e o fuzilei com os olhos.

— Prefere virar churrasco, senhor ninguém toca na minha arma? — vociferei o vendo ficar sem resposta. — Me dá! — pedi.

— Cuida bem dela. — disse antes de me passar a porcaria da arma.

— Aqui! — ofereci a arma para o rapaz, mas ele apenas me encarou um pouco assustado. — Qual o problema? 

— Eu não sou bom com armas. — declarou.

— Melhor do que eu, você deve ser. — disse e o garoto apenas continuou me encarando. Argh. Segurei a vontade de revirar os olhos e respirei fundo antes de perguntar, com a voz calma. — Qual o seu nome? 

— Kōdai Tatta, mas todos me chamam de Tatta. — concordei com a cabeça.

 — Tudo bem, Tatta. — olhei em seus olhos e tentei passar confiança. — Você consegue, não é tão difícil. — continuei tentando o incentivar. 

— EI! — estremeci ao ouvir o berro do moreno histérico atrás de mim. — Você é um dos encarregados de abastecer a praia, né? Seu bostinha, se eu acabar morto por sua culpa, vou te caçar até no inferno, ouviu? — perguntou, deixando o garoto na minha frente aterrorizado. — Você me ouviu? — bateu nas grades.

— Já chega, Niragi! — berrei o fitando séria. Assim que me virei para o mais jovem, a arma foi puxada das minhas mãos.

— Como eu faço isso? — posicionou a arma e perguntou baixo.

— SIMPLES! — berrou Niragi. Nem tão baixo assim. — Mira e atira. — continuou me fazendo negar com a cabeça.

O garoto fez o que o moreno mandou. De forma desajeitada, mas fez, deixando um enorme estrago na parede e no chão. O rapaz andou até os destroços e abaixou-se, mexendo nos pedaços de tijolos, enquanto eu aguardava pacientemente. 

— Por que ele tá demorando tanto? — Niragi voltou a falar. — Kyle? 

— Você pode só calar a boca, Niragi! — o olhei irritada.  

— Achei algo! — o rapaz disse, chamando a minha atenção. — É uma chave. — levantou a mão mostrando o objetivo enferrujado. Os cofres da kuina.

Fúria In Bordeland Where stories live. Discover now