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NARRAÇÃO: GABRIEL 

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NARRAÇÃO: GABRIEL 



O rolê começou a ficar insano.

Eu não estava entendendo mais nada quando a tal da Emily levantou do estofado em que estávamos e gritou:

—AHHH! EU A-M-O ESSA MÚSICA!

Até aí tudo bem, imaginei que a maluca ia dançar e beber por ali mesmo... Bom, de início foi isso que aconteceu, depois tudo começou a sair de controle.

Bryan tinha desaparecido a meia hora e o Breno tinha saído atrás dele com medo dele ter se metido em alguma briga perto do banheiro por conta de alguma mulher. O outro irmão, o mais antissocial, tinha pegado um Uber duas horas atrás e já devia estar longe daqui, pelas minhas contas só restaram eu e Emily no estofado.

Foi a meia hora mais bizarra da minha vida, além de ter certeza que umas meninas do estofado ao lado tinha me reconhecido e me fotografado, a garota que a trinta segundos atrás estava sentada do meu lado, não tinha me deixado respirar em paz um minuto sequer.

Ela era muito pirada.

Tentou sentar no meu colo, quase tirou minha camisa na força do ódio e chorou quando falei que não ia rolar nada... E como se não bastasse, me arrastou sabe—se lá pra onde depois que a música que toca na batalha de dança de As branquelas ecoou pela boate.

Depois de muita luta eu consegui me soltar, mas entrei em desespero quando vi ela subindo no balcão do bar mostrando tudo o que não devia debaixo da saia curta que usava.

—Puta que pariu, isso só pode ser brincadeira — Murmurei comigo mesmo, sentindo minha cabeça latejar. Já tinha bebido além da conta também, não sei nem se conseguia dirigir e chegar vivo em casa.

Fui procurar os caras.

Não achei o Bryan, mas o Breno tava no meio de uma roda de mauricinhos, entornando uma garrafa de tequila. Pura. Não tinha nem um limãozinho pra acompanhar.

—Cara! — Dei um puxão nele — Sua amiga tá muito louca.

—FODA-SE HAHAHA, EU TAMBÉM TÔ, PORRA! — Rodopiou, eu quase saí correndo.

O Breno evaporou e eu desisti de procurar quando cheguei perto do balcão de novo e vi a Emily abrir um daqueles passos estranhos que parece que as pessoas simplesmente não tem ossos, Beleza, estou precisando de socorro.

Peguei o telefone e procurei o nome da Alice na lista de contatos. Disquei e saí procurando um lugar em que o som não estivesse strondando a ponto de romper meus tímpanos, acabei saindo pelos fundos da boate. Precisei ligar umas três vezes até que ela atendesse.

—Oi... — Falou com a voz grogue.

—Me desculpa te acordar, de verdade, mas... — Dei uma olhada ao redor, passando a mão pelo cabelo.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora