EPÍLOGO

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QUINZE DIAS DEPOISNARRAÇÃO : ALICE

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QUINZE DIAS DEPOIS
NARRAÇÃO : ALICE

—Tá tudo bem? — Schwarz perguntou quando saí do banheiro.

Não estava tudo bem, não.

Ele percebeu que minha pele estava arrepiada, meus olhos com certeza estavam inchados, eu caminhei até a bolsa que tinha trazido e peguei o corretivo pra tentar esconder um pouco.

Era um dia importante.

Vossa Excelência estaria disponível em todas as livrarias físicas e online do país dentro de alguns minutos, eu estava nervosa e tinha colocado o pão de queijo que tinha conseguido comer antes de vir todo pra fora.

Tudo isso, sem o Gabriel.

Eu entendia que a seleção brasileira era importante e até cheguei a tentar desmarcar e colocar o lançamento pra outra data, mas não deu certo. Fazer isso sem ele era muito estranho.

—Você vai precisar ficar calma — Dhiô falou, caminhando até mim.

Sei lá, a Dhiovanna também parecia estranha. O jeito que ela estava me olhando, meio que de lado, como se estivesse escondendo alguma coisa...

—Eu tô calma — Menti, não queria que ninguém ficasse preocupado comigo, sabia que o que estava acontecendo era normal. John soltou uma risada, levantando do sofá.

—Vai ser um sucesso — Pedro Schwarz olhou pra mim — A fila tá dando volta no shopping.

Eu também já sabia disso. A pré venda na Amazon e na Submarino já tinha sido um sucesso e quando a sessão de autógrafos foi anunciada todos os tickets foram esgotados em questão de horas. Eu precisava aprender a lidar com isso. Agora todo mundo querer que eu assinasse meu nome num livro ou ia enlouquecer.

Meu telefone começou a tocar. Era o Gabriel.

—Oi.

—Oi, preta. Tudo certo aí? — Quis saber, parecendo que tinha acabado de correr uma maratona.

—Sim — Menti. Eu precisava conversar com ele o quanto antes, mas os dias que antecederam a convocação pra seleção brasileira foram uma loucura, ele estava agitado, nervoso... Era ano de copa do mundo e na minha cabeça eu ia saber qual era o momento certo pra contar o que tinha pra contar.

—A Dhiô me mandou uma foto de quanta gente tem aí — Falou, parecendo sorrir — Você já é um sucesso, amor.

—Obrigada — Falei, deixando um sorriso me dominar.

—Guarda um exemplar pra mim, tá bom? Mas deixa pra assinar quando eu estiver por perto, quero ver minha escritora favorita autografando — Ele disse e eu sabia que do outro lado da linha tinha um sorrisinho safado nos lábios — A gente comemora amanhã, boa sorte hoje.

Eu queria ter falado alguma coisa sobre o jogo, mas o Pedro saiu me puxando e eu precisei desligar depressa.

Era a hora de começar a sessão de autógrafos.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora