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DOIS DIAS DEPOIS

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DOIS DIAS DEPOIS


Meu celular estava tocando.

Tirei a mão de dentro da coberta e fui pegar o celular, só esqueci que...

Essa cama não era a minha e eu não estava sozinha.

-Aí! - Gabriel gritou - Que "bom dia" diferenciado, metendo a mão na minha cara - Ele resmungou, eu sentei.

-Meu celular tá tocando. Cadê? - Passei a mão no rosto.

-Ué, não sei - Ele se mexeu - Esse serve? Mas não tá tocando.

-Droga, perdi a ligação - Respondi vendo o número desconhecido nas chamadas perdidas.

-Era alguém importante? - Gabriel quis saber, sentando também.

-Não sei - Fiz beicinho.

-Desencana, se for alguma coisa importante, vão te ligar de novo - Passou a mão no rosto, se levantando da cama em seguida.

-Tô desempregada, Gabriel. Não posso ficar esperando as coisas caírem do céu - Me joguei no colchão de novo, observando ele levantar. Completamente pelado.

-Já falei, mi casa és tu casa - Me olhou por cima do ombro com um sorriso.

Queria ter 5% da autoestima que ele tinha. Eu nunca teria coragem de levantar pelada, com outra pessoa dentro do quarto, observando cada passo meu. Mesmo assim não consegui não olhar pra bundinha redondinha dele.

Eu o ignorei, como vinha fazendo desde o dia do teste de gravidez. Minha "mudança" estava programada pra hoje a tarde e ele ainda ficava insistindo que eu não fosse.

Observei ele entrar no closet, puxar uma cueca da gaveta e começar a vestir, me levantei e fui até o banheiro, tentando falar com a pessoa que tinha me ligado.

Tava no meio do xixi quando o Gabriel entrou no banheiro. Como se fosse a coisa mais natural do mundo, ele abriu o pote das escovas, colocou creme dental e começou a escovar os dentes, virando pra me encarar.

-Que? - Arqueou uma sobrancelha.

-Nada - Pisquei, meio aterrorizada com o momento.

Esse era o tipo de intimidade que nunca tinha tido com ninguém, ele virou, terminando de escovar os dentes e eu me levantei.

-Tem certeza que quer sair daqui? - Ele cruzou os braços e se encostou na pia enquanto eu escovava meus dentes - Vai dar na mesma, a diferença é que aqui a gente pode transar à vontade.

Quase morri engasgada com a pasta de dente.

-Nossa, será possível? - Olhei pra ele, horrorizada. O safado soltou uma risada.

-É sério, Alice. Você tá se sentindo em casa aqui. Usa minhas roupas como se fossem suas - Apontou pra camisa dele que eu estava vestido - Divide o banheiro comigo - Apontou pro espaço - Eu abri espaço pra você no meu closet, mano.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Dove le storie prendono vita. Scoprilo ora