Alice Bueno escreve fanfics. Pois é, aos 23 anos e formada em Letras, ela sonha como qualquer outra garota, a diferença é que bota tudo pra fora em forma de histórias fantasiosas. Mas o que acontece quando sua maior inspiração está parada em sua fre...
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A fanfiqueira que habita em mim já tinha sonhado com um beijo do Gabigol centenas de vezes, não era atoa ele ser inspiração para todas as minhas histórias publicadas e não publicadas no Wattpad.
Até mesmo antes de dormir, quando ficamos imaginando coisas que nunca vão acontecer, ele estava lá.
E até uns dias atrás, conhecer ele parecia ser praticamente impossível. Eu era uma em um milhão de garotas que o achavam bonito, que assistiam ele debochar do adversário com um sorriso no rosto pela televisão.
Qualé, escrevia fanfics com o cara! Quando ia imaginar que ia esbarrar com ele no Maracanã, bater no carro dele no sinal fechado, CONHECER A CASA DELE NUMA FESTA PRIVADA???
Era demais pra mim. Não sabia nem como estava conseguindo manter a calma numa situação como essas. Por dentro eu estava toda me tremendo, uma sensação de que algo que eu esperava a tanto tempo ia acontecer... Eu ia explodir. Era isso.
Já tinha até sacado que ele estava me levando pra área da piscina, no fundo da casa. E foi exatamente pra lá que fomos.
A piscina estava completamente vazia e fazia um vento frio pra caralho lá.
—Frio? — Ele perguntou quando se virou, eu assenti como resposta — Vem cá — Abriu os braços com a jaqueta que usava junto, apertei os olhos em sua direção — Vem logo — Riu e me puxou.
Meio desconfortável pela proximidade, abracei seu tronco timidamente.
—A loirinha vai sentir sua falta, hein? — Falei pra ele, com a bochecha espremida em seu peito.
Eu era burra ou o quê? Não deveria ter falado isso. Jumenta.
—Para com isso, Alice — Disse meio murmurando — Não tenho nada com ela.
—Ela estava quase sentando no seu colo — Saiu no automático, juro!
—Mas não sentou. Porque eu não deixei — Disse me afastando apenas o suficiente para nos olhar — Você é a mulher mais bonita nessa festa — Falou baixinho — Deve ser a mais azarada também, mas isso eu vou deixar pra discutir com você depois — Sorriu de lado, de um jeito sapeca, eu gargalhei.
—Tenho minhas dúvidas — Falei lembrando das histórias contadas pelas meninas.
—Eu sou péssimo com palavras, beleza? Queria falar alguma coisa pra te conquistar, mas abro a boca e só sai o que não deve — Riu de novo, dessa vez parecendo nervoso.
—Pra me conquistar? — Perguntei quase sem voz, sentindo meu peito prestes a explodir — Mais?
—Então eu finalmente disse algo certo? — Perguntou espantado, eu assenti, sem saber como abrir a boca — Linda pra caralho — Suspirou tirando as mãos de dentro do casaco que usava para me envolver num abraço — Tô me controlando a dias pra te beijar — Disse baixinho, abaixando o rosto até ficar na altura do meu, as mãos foram parar no meu rosto, uma de cada lado.
