Alice Bueno escreve fanfics. Pois é, aos 23 anos e formada em Letras, ela sonha como qualquer outra garota, a diferença é que bota tudo pra fora em forma de histórias fantasiosas. Mas o que acontece quando sua maior inspiração está parada em sua fre...
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Meu pai ia me matar. Depois de tantos avisos pra eu prestar atenção eu tinha que fazer um negócio daqueles com o Dublê.
E o pior nem foi isso... Foi que eu tive que ir pedir ajuda.
—Gertrudinha! — Pedro gritou quando me viu.
—Eita, fala baixo pra esse pessoal estranho não saber do meu apelido — Falei o abraçando.
—Finalmente resolveu dar as caras nas festinhas do Gabi — Matheuzinho falou me abraçando também.
—Gente, é o seguinte —Respirei fundo — Preciso da ajuda de vocês — Olhei para os homens presentes na rodinha, além do Pedro e do Matheuzinho, Andreas e Arrascaeta também estavam ali.
—Ih, lá vem merda — Matheuzinho disse como se já me conhecesse.
—Meu carro emperrou na entrada — Gemi, frustrada. Os quatro riram da minha cara — Preciso de ajuda pra empurrar.
—Cadê o Gabi? Não é ele que é o fodão? —Pedro Riu.
—É uma doblô, não dá pra mim e ele empurrar — Fiz beicinho — Por favoooor — Olhei pra eles.
—O que Gertrudinha pede sorrindo que eu não faço chorando? — Matheuzinho passou o braço pelo meu ombro e saiu me puxando pra fora, os quatro me acompanharam até o lado de fora onde o Gabriel esperava pensando em maneiras de como tirar o carro de lá.
—Acho que eu tenho que ir no volante, vocês vão levantar a parte de trás e eu vou acelerar — Gabriel falou maquinando com eles.
—Melhor ela ir no volante, é mais leve — Andreas falou.
—Tá maluco? Por mim ela não encosta num volante nunca mais — Gabriel cruzou os braços olhando pra mim enquanto balançava a cabeça em decepção — Eu ainda avisei, se tivesse me deixado colocar o carro pra dentro...
—Ih, DR uma hora dessas não — Pedro falou — Vamos logo colocar o carro pra dentro, de boa, na marola.
—Eu vou ficar calada tá Seu Gabriel? — Revirei os olhos — Bora logo empurrar essa caranga.
Foi bizarro e engraçado ao mesmo tempo, nunca imaginei ver os jogadores de futebol que eu costumava acompanhar pela TV até alguns dias atrás, empurrando um carro velho na frente de um condomínio de gente rica, mas deu tudo certo no final, sem nenhum arranhão... Aonde onde possível ver. Por baixo do Dublê devia tá só a misericórdia divina, mas eu resolvia isso com meu pai em casa.
—Na moral, você deveria ser proibida ser proibida de dirigir mesmo — Pedro falou quando terminamos e começamos a andar pra chegar até a festa.
—Você já andou de transporte público? — Perguntei pra ele.
—Aqui no Rio? Não — Balançou a cabeça negativamente.
—Então não tem moral pra falar disso comigo — Falei jogando o cabelo pra trás, eles riram — Sério, amostra grátis do inferno.
