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NARRAÇÃO : GABRIEL

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NARRAÇÃO : GABRIEL

Ela estava fazendo de propósito. Observei com um calor subindo pelo meu pescoço ela aproximar o rosto do ouvido do Pedro. É claro que era de propósito, ela sabia muito bem que eu estava morrendo de ódio.

Eu defendi ela, cara.

Eu odiava com todas as minhas forças o jeito que o irmão baba a dela a tratava, queria ter quebrado ele na porrada, perdido meu réu primário, mas ela simplesmente ficou do lado dele e me expulsou.

Cacete.

A essa altura do campeonato eu já tinha desistido de beber. O Andreas tinha me largado e estava em algum lugar com a Milena, o Arrasca e a Hope então nem se fala, fazia uns dias que eu tinha perdido minha companheira de corrida pro Uruguaio.

Sabe o que era pior? Eu não conseguia desgrudar o olho dela.

Ela tava bonita pra cacete dentro de um short micro e um cropped que fazia meu pau latejar dentro da calça.

Ela não ia vir falar comigo. Eu percebi isso quando ela tentou se aproximar e eu me afastei. Eu também era um burro, ao invés de ter deixado ela vir falar comigo, fiquei fugindo como um adolescente.

Soltei um suspiro.

—Cara, o Dennis tá te chamando pra subir no palco — Matheuzinho falou.

—Ih, mano. Hoje tá foda — Falei, dispensando.

—Então você que se foda sozinho porque ele não vai aceitar não como resposta — Ele disse, me puxnaod pelo braço.

Eu fui na onda. Não era cantor, mas tinha lançado a música e gostava da sensação que estar no palco me trazia.

Dennis tocou minha música e eu estava com o microfone na mão quando vi a Alice descendo as escadas da balada.

Entreguei o microfone de volta pro DJ, mas fiquei paralisado. Eu vou atrás dela ou não?

Fui.

Sai correndo.

Encontrei ela mexendo no celular do lado de fora.

—Tá maluca? — Parou na minha frente, ela fingiu que não me viu — Pra onde você vai?

—Eu vou pra casa — Passou por mim e eu virei, vendo um carro de corrida se aproximar.

—Para com isso, Alice — A segurei pelo braço.

—Me solta — Olhou pra mim pela primeira vez — Meu carro chegou.

Era impressionante o quanto essa garota conseguia mexer comigo. Eu já estava puto, mas ver ela pedindo pra eu soltá-la?! Queria esmurrar alguma coisa.

—Seu carro chegou o caralho, você vai entrar no meu — Falei sentindo meu olho tremer enquanto a encarava.

—Porque você não chama a Mar ponto Riana pra entrar no seu carro? Aposto que vai gostar. Babaca — Cuspiu as palavras sem nem pensar no que elas poderiam causar.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Where stories live. Discover now