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—Porra Alice, como você me saí quatro horas da madrugada sem falar nada? — Meu pai levantou quando nos viu.

—Não queria te preocupar, né?

—E como você foi buscar esses antílopes? — Perguntou descendo um tapão na nuca do Breno, que passou por ele cambaleando.

—Na montanha — Falei baixinho, não queria que ele ouvisse.

—É O QUE? FOI BUSCAR ESSES VAGABUNDOS NA MONTANHA?

—Meu Deus do céu, tem alguém morrendo nessa casa?! — Minha mãe apareceu na porta do quarto, amarrando o hobby ao redor do corpo.

—Bryan tá morrendo — Breno disse gargalhando e se jogando no sofá.

—Saí de cima do meu sofá com esse cheiro horroroso de pinga seu sem vergonha! — Disse minha mãe fazendo ele levantar e fazer o caminho do banheiro aos tapas.

—Acho que é melhor eu ir embora... — O Gabigol falou, dando um passo pra trás.

—Mas de jeito nenhum — Minha mãe falou estalando a língua no céu da boca várias vezes — Eu jamais deixaria você sair por essa porta, não sabendo que você vai sozinho e bebeu!

—Eu tô bem, tia. De verdade — Disse ele, eu o encarei. Ele não parecia muito bem não, mas quem era eu pra me envolver.

—Dá pra ver que você não tá sóbrio, garoto — Meu pai falou — Alice, pega uma roupa de um desses retardados do seu irmão pra ele e arruma um lugar pra ele passar a noite, ninguém sai daqui até segundas ordens — Ele encarou um por um e parou no Bryan, segurando a barriga e parecendo prestes a vomitar — Entenderam?

—SIM SENHOR! — Breno gritou já no banheiro.

Meu Deus. Que vergonha alheia, sério. Já não bastava tudo que eu já tinha passado até aqui na frente do jogador, cerveja na camisa, batendo meu carro no dele... Ainda tinha que deixar ele ver minha família em toda sua essência. Puta merda.

Deixei o constrangimento de lado e entrei no quarto dos antílopes, como disse meu pai. O Allan estava roncando largado em sua cama, nem me escutou pegando roupas pro Gabriel na gaveta do Bryan, quando saí, meu pai e minha mãe já tinham voltado pro quarto, o Bryan tava batendo na porta do banheiro e o Breno ainda estava trancado por lá.

—Vem cá, pode usar o meu banheiro — Falei pro jogador, que estava sentado no sofá todo sem jeito.

—Eu acho que é melhor ir pra casa, não quero dar trabalho pra você — Ele falou levantando e me encarando.

—Jura? Quer comparar com o trabalho que os trouxas dos meus irmãos me dão? — Soltei uma risada.

—Mesmo assim...

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora