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Azar no jogo, azar no amor, azar no azar

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Azar no jogo, azar no amor, azar no azar.

Esse era meu lema. Sempre foi.

Sinceramente, eu realmente queria me jogar da janela. Era a decisão mais saudável pra todo mundo.

Convenhamos: se eu estava morrendo de vergonha, imagina a mãe dele que tinha pegado o próprio filho completamente desprevenido?

Quero morrer.

—Para com isso, Alice — Gabriel segurou minha mão enquanto descíamos as escadas. Eu não conseguia parar de roer as unhas, estava tão desorientada que nem tinha pensado em colocar a roupa de ontem. Ainda usava só a blusa dele... E a cueca.

A Dhiovanna já estava acordada e foi a primeira pessoa que eu vi na cozinha.

—Fiquei sabendo que a diversão começou logo cedo pra vocês — Ela disse com as sobrancelhas erguidas e um sorrisinho cafajeste de lado.

—Dhiovanna, cala a boca — Gabriel desceu um tapa na nuca dela — A menina já tá com vergonha, não piora a situação.

—Passar vergonha já é típico da Alice — Ela riu, eu quis morrer.

—Bom dia — Gabriel avisou aos pais, que estavam perto do fogão. Os dois viraram e a mãe dele me encarou.

Juro. Tenho quase certeza de que eu estava tão vermelha quanto um tomate maduro. Se existisse a chance de eu me enfiar num buraco...

Ela parecia tão envergonhada quanto eu, tanto que nem conseguiu me olhar nos olhos por mais de dois segundos completos.

—Esqueceu que íamos chegar cedo, campeão? — O pai dele perguntou. Gabriel soltou minha mão para abraçá-lo.

—Hum... Essa é a Alice — Disse me puxando pro seu lado.

Silêncio.

MEU DEUS, eu quero me matar.

—Nós não sabíamos que você estaria acompanhado — O pai dele abriu um sorriso — Sou o Valdemir — Me estendeu a mão.

—Prazer — Murmurei, tentando sorrir enquanto apertava sua mão.

—Peço desculpa por incomodar vocês mais cedo, mas eu não fazia ideia de que tinha alguém com ele — A mãe dele disse de forma embaraçosa, eu até tentei falar.

—Relaxa, mãe — Gabriel falou de maneira despreocupada, soltando minha mão de novo pra trocar um abraço com ela — Esqueci que a senhora adora entrar nos cômodos sem bater na porta — Ele riu.

Senti os olhos da mãe dele passando por mim de novo, dessa vez me olhando dos pés a cabeça. Essa senhora devia me odiar tanto. Além de me pegar na cama com o filho dela, ainda estava usando uma roupa dele.

—Que horas vocês chegaram? Nem vi — Dhiovanna quebrou o gelo. Gabriel e eu nos viramos para olhar pra ela.

—Chegamos cedo — Ele puxou uma cadeira pra mim.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Onde histórias criam vida. Descubra agora