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NARRAÇÃO : GABRIEL

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NARRAÇÃO : GABRIEL

—Não tem dedo seu nisso né, Fabinho? — Perguntei pra ele — Se eu souber que você falou pra Rafaella que eu ia tá aqui hoje, cara...

A verdade é que eu estava com um pé atrás sobre o Fabinho, às vezes eu achava que isso não era só preocupação com a minha carreira, mas preferia pensar que era.

—E qual o problema? Não é você que diz que já superou a Rafa? — Ele quis saber, eu passei a mão no rosto.

—Sabe qual o problema, Fábio? O problema é que nós dois sabemos bem como a Rafaella é, acha mesmo que ela vai ficar ali de boa? — Soltei uma risada, nervoso.

Pelo canto do olho observei a Rafaella girar o corpo. Que ódio, ela me viu. Tenho certeza que ela me viu, hora ou outra ela ia vir aqui, certeza.

—Eu não falei nada pra Rafaella — Fabinho disse, dando tapinhas em meu ombro — Boa sorte.

Eu não ia deixar elas se encontrarem nem fudendo. Já bastava ter tido a Mariana no meu pé logo quando conheci a Alice, ter a Rafaella por perto estava fora de cogitação.

Fiz um muro entre a Alice e ela. Eu literalmente estava entrando na frente da Alice de segundo a segundo. Que isso cara, bem que dizem por aí que o flamenguista não tem um dia de paz. Tô sentindo na pele.

Não queria estragar com a noite de mais ninguém, só a minha já bastava e ela parecia tão feliz dançando junto com a Dhiovanna e umas outras garotas que não tive nem coragem de contar o que tava rolando na porra da minha cabeça.

—Qual seu problema? — Ela perguntou, passando o braço pelo meu pescoço quando um dos cantores deixou o palco e uma música eletrônica começou a passar.

—Ué, nada — Menti, porque na verdade meu problema tava a dois metros daqui.

—Tem certeza? — Semi cerrou os olhos em minha direção — Você tá quietinho demais, nem te vi bebendo. Não quis ligar o modo "Lil Gabi" hoje?

—Alguém precisa levar esse monte de gente bêbada pra casa, amor — Soltei uma risadinha, juntando nossos lábios rapidinho.

—Hum, que homem responsável — Disse, os olhos brilhando com diversão, um sorrisinho escapando por seus lábios.

—Eu tenho que cuidar da minha bebê, né? — Brinquei de volta, esquecendo da Rafaella, do Fabinho e de qualquer outra pessoa por um minuto.

—Chamou de bebê tem que colocar no colo, hein? — Disse, aproximando o rosto do meu, mas recuando quando achei que fosse me beijar. Ela gostava de me atiçar, e eu adorava quando ela começava com esses joguinhos, eu sempre acabava ganhando no final.

—É mesmo? — Abaixei o suficiente para que meus lábios tocassem sua orelha — Hoje eu tô afim de cumprir aquela promessa, hum? — Disse, sentindo ela se arrepiar quando desci os lábios pelo pescoço.

𝐅𝐀𝐍𝐅𝐈𝐐𝐔𝐄𝐈𝐑𝐀 • 𝐆𝐀𝐁𝐈𝐆𝐎𝐋Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum