Tom Riddle é uma espiral assustadora de escuridão, crueldade e grandeza, e transformá-lo é a única esperança de Harry para salvar as pessoas que ama. Voltando no tempo, ele tira Tom do orfanato, mas seu otimismo se estilhaça a cada ano que passam ju...
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A lânguida magia da noite continuou profundamente pela manhã. O transe de sonho, desejo e felicidade ainda mantinha Tom em sua escravidão, mas quebrou quando Harry disse: "Acho que vou falar com Dumbledore amanhã."
Ambos estavam se vestindo em um silêncio confortável e pacífico, e agora Tom estava paralisado, o sapato cerrado em seu punho que embranquecia rapidamente. Por um momento, ele teve certeza de que tinha ouvido mal. Não havia chance de Harry realmente ter dito isso, mergulhado em um de seus pesadelos mais profundos. Não agora, depois desta noite maravilhosa e inesquecível; de preferência nunca.
"Não", foi tudo o que ele conseguiu dizer. Mas, aparentemente, sua voz estava muito rouca para ser ouvida porque Harry nem prestou atenção.
"Acho que não vai mudar muito, mas também não vai doer, né?" ele continuou, abotoando a camisa. "Ajudaria se você me contasse com quais outras políticas suas ele poderia ter problemas para que eu soubesse quais fatos operar. Talvez se eu disser..."
Tom podia imaginar isso facilmente. Harry pedindo Dumbledore para uma conversa. Dumbledore concordando graciosamente e depois divulgando lentamente tudo o que sabia, caindo cuidadosamente em exageros e reações exageradas. E depois disso... depois disso, tudo se despedaçaria. Por uma semana, ou um mês, ou um ano - ou talvez Harry perdesse totalmente a fé nele.
O mero pensamento fez seu sangue gelar. Antes que sua mente pudesse compreender suas ações, Tom deu um passo para Harry e o jogou contra a superfície mais próxima, segurando seus ombros o mais forte que pôde, já aterrorizado com a ideia de deixá-lo ir.
"Você não vai falar com Dumbledore," ele rosnou. Seu coração batia tão rápido que ele mal conseguia respirar. "Você não vai pisar em Hogwarts, entendeu? Apenas esqueça isso!"
O olhar chocado de Harry e a súbita imobilidade eram como um balde de água fria. Tom recuou, horrorizado, colocando as mãos atrás das costas, mas isso não tirou a expressão terrível do rosto de Harry.
Não. Não. Por que ele fez isso? Ele só piorou tudo. Por que isso continuou acontecendo?
"Eu... me desculpe," ele deixou escapar. Ele sabia que parecia desesperado, mas não importava - ele aceitaria isso e muito mais se isso significasse que suas palavras tinham o poder de mudar pelo menos alguma coisa. "Eu não queria fazer isso. Não foi de propósito."
Lentamente, muito lentamente, Harry empurrou-se para trás, esfregando o ombro direito. Seu olhar cauteloso e penetrante perfurou o de Tom, e sua força foi poderosa o suficiente para fazer seu coração congelar.
"Que raio foi aquilo?" Harry perguntou. Cada palavra era mais fria que a anterior. Tom abriu a boca. Fechei.
"Eu... eu não sei," ele disse honestamente. Tudo o que ele sabia era que Harry estava escorregando por entre seus dedos, e o pensamento era enlouquecedor. Mesmo considerando que estava levando-o à beira da insanidade da qual ele trabalhou tão duro para se afastar.
