𝗩. CLUBE DE RICOS

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𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1984

Exatamente a uma semana eu concordei em ser a falsa namorada do Johnny, e tem sido um grande inferno desde então. As pessoas ficam me parando nos corredores para perguntar sobre ele, fazem questionamentos super evasivos, e me comparam com a Ali.

As meninas do colegial podem ser muito cruéis, não sei quantas vezes durante esses 7 dias, ouvi colegas de sala comentarem sobre minha aparência, e inventarem que devo ser uma vadia para conseguir "segurar" Johnny.

― Oi gatinha ― Johnny encosta no armário ao lado do meu, virado para mim, e beija minha testa, ele finalmente aceitou que selinhos e beijos de língua não iam rolar.

― Bom dia ― O loiro puxa meu estojo da minha mão, começando a arrancar as canetas de dentro ― Já percebeu que todos olham para gente o tempo todo, será que a vida deles é tão desinteressante assim?

Ele continuava se divertindo com meu material, pega algo no seu bolso traseiro.

― Tá me roubando na minha frente? ― Soco seu ombro, e pego meu estojo de volta.

― Fique bonita ― Me entrega um bilhete com 20hrs escrito nele ― Vou estar na sua casa esse horário.

― Acha que consegue me enganar, Lawrence? ― Ergo a sobrancelha ― Não vou naquele clube de ricos com você.

Jane ― Rosna, irritado ― Por que nunca pode fazer nada que eu te peço?

― Quando vai colocar na sua cabeça ― Bagunço seu cabelo ― Que Jane Higgins não é sua cadelinha?

― As pessoas vão achar estranho se estiver sozinho.

― Eu não ligo Johnny, só vai ter gente chata e todos são tão esnobes, não tem nenhum motivo que me faça ir.

Johnny aponta para si, me fazendo gargalhar.

― É seu próprio inimigo, sabe disso, né?!

― Vou te fazer ir Higgins, é uma promessa!

― Veremos ― O dou as costas, indo até minha sala.

[...]

Johnny, filho da puta.

Termino de colocar minhas jóias e me olho no espelho, conferindo minha aparência. Uso um vestido rosa claro, aberto nas costas, que tinha ganhado de aniversário dos meus pais, meu cabelo estava preso em um coque bem arrumado.

― Está pronta? ― O motivo de eu estar indo nessa festa imbecil, pergunta na porta do meu quarto.

Lawrence usou um golpe baixo, comentando com minha mãe, a chamando para ir com a gente, ela ficou tão animada. Não saia de casa desde o divórcio, tinha vergonha do que as pessoas pensariam sobre seu casamento fracassado, e um pequeno gostinho da sua vida antiga a alegrou.

Obviamente, não ia a privar disso, então concordei em ir.

― Seu namorado está te esperando na sala ― Minha mãe vestia um lindo vestido verde musgo, que ressalta seus olhos. Meu pai é tão idiota por ter a deixado, ela é uma mulher incrivel, por dentro e por fora, um pouco excentrica, mas quem gosta de perfeição?

― Oi, seu babaca ― O comprimento assim que termino o último degrau.

― Você é mesmo uma graça, Jane ― Responde ainda de costas ― Espero que aprove- ― Dizia se virando em minha direção arrumando o terno, mas paralisou, boquiaberto.

― Acabou sua pilha?

― A-ah não, só lembrei de outra coisa ― Caminha até mim ― Vamos? ― Me dá seu braço para eu segurar.

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEDonde viven las historias. Descúbrelo ahora