𝗫𝗫𝗫𝗩𝗜𝗜. ANUÁRIO

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𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1985

Minha mãe gritava enquanto caminhamos pelo estacionamento da delegacia.

— Nunca imaginaria que teria que pagar fiança para minha filha — A mais velha dá um trago no seu cigarro, enquanto nega com a cabeça — Você está de castigo, mocinha, sem poder ir para o clube de debate.

— Não está mais tendo debates depois das provas finais.

— Então, sem ligações para o seu pai — Cruza os braços.

— Ótimo, nós não estamos conversando mesmo — Dou de ombros.

— Vai ficar sem... — Para de andar, tentando pensar em alguma coisa. No mesmo momento, o Lawrence sai de dentro da delegacia discutindo com seu padrasto — Sem Johnny.

— O QUE? — Sorri vitoriosa.

— Exatamente. Nada de Johnny até segunda ordem, Jane Jeanette Higgins — Bufo, me jogando no banco do passageiro.

— Não pode me impedir de ver meu namorado.

— Já está decidido!

[...]

Divido um pacote de batatas chips com Tommy, enquanto conto sobre a noite de sexta.

— Por que não fazia coisas assim quando estávamos juntos? — Gargalha, me fazendo bufar.

— Não ria com a minha desgraça, estou de castigo pela primeira vez na vida, e meu namorado sumiu do mapa.

— Ele está bem, o Johnny sabe se virar — Tenta me acalmar, abraçando meus ombros — E devia agradecer por poder me ver sorrindo, fui votado o sorriso mais bonito.

— Quem votou?

— Todos, não viu o anuário?

— O QUE? Eu não sabia que teve essa coisa — Começo a folhear o anuário no meu colo, facilmente achando a foto de Tommy exibindo seus dentes.

Analisei cuidadosamente todas as páginas, tendo dificuldade de me encontrar.

— Ah que ótimo! — Esbravejo — Meu namorado e sua ex foram votados o melhor casal, e eu — Aponto para minha foto surtando na aula de debate — Fui votada a mais provável a morrer sozinha.

— E a mais provável de enlouquecer — Empurro seu ombro com o meu.

— Não tá ajudando, Tommy.

[...]

Analisava com mais cuidado o anuário, vendo as fotos do time de futebol, encontrando com o loirinho dono do meu coração.

Ele está com um sorriso gigante na foto, e parece olhar para o lado, na imagem seguinte consegui achar o que ele admirava tão feliz.

Era o time feminino, mas precisamente, eu amarrando minhas chuteiras, enquanto conversava com Lucy.

Vejo a data embaixo, Outubro de 1984. Durante o namoro falso, mas o sentimento que ele transmitia não parecia falso.

Olhei pela janela, tentando o encontrar, querendo um pequeno alívio para minha preocupação.

Nada no seu quarto, nem no andar de cima, mas posso notar uma movimentação no escritório de Sid. Parece que os dois estão discutindo.

Me aproximo, tentando entender melhor, mas sou impedida pela cortina sendo fechada.

— Nem pensar, Jane! — Abro a boca incrédula com a minha mãe — Não esqueça do seu castigo.

— Já faz quatro dias, eu preciso saber como ele está.

— Não, você precisa pensar no que fez, e tomar uma decisão — Aponta para as cartas das faculdades que fui aceita — E eu vou levar isso comigo — Pega o anuário, e o coloca debaixo do braço.

— Só pode tá brincando — Reviro os olhos, me jogando na cama.

Meu coração se aperta em pensar que Johnny precisa de mim, do outro lado da rua, e não posso ajudá-lo.

NOTAS:

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NOTAS:

primeiro, quero pedir mil desculpas para vcs. eu sei que prometi capítulos toda semana, mas eu simplesmente não tive tempo pra escrever.

segundo, falta 3 capítulos para fake dating acabar, e quero me dedicar muito nesse final pra ficar perfeito pra vcs, ent provavelmente vou demorar mais pra postar.

PERDÃO PELO CAPITULO CURTO 😪😪

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEDonde viven las historias. Descúbrelo ahora