𝗫𝗩𝗜. GOLF N'STUFF

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𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1984

— Boa tarde, JJ — Se despede.

— Boa noite, pai. Te amo — Coloco o telefone de volta no gancho. Essa era como uma espécie de brincadeira nossa, já que o fuso era diferente para cada lado da ligação.

Passei horas deitada no sofá, contando sobre o feriado e os últimos acontecimentos para o mais velho. Não tinha ido para aula, descobri da pior maneira que um tornozelo torcido e andar quilômetros de salto, não eram uma boa combinação.

Pressionava a compressa de gelo no ferimento, tentando amenizar a dor.

Me incomodei com o silêncio da residência, já que esse horário minha mãe está em seu clube do livro. Antes que pudesse ligar a televisão, o som da companhia ecoou pelo local.

Andei até a porta, esperando que fosse ela, por ter esquecido alguma coisa. Mas me surpreendi ao ver o garoto na minha porta.

— A que devo sua presença?

— Por que não foi para colégio? Fiquei preocupado.

— Fofo — Puxo seu pulso, o trazendo pra dentro — Como ainda lembra meu endereço? É algum tipo de perseguidor, LaRusso?

— Sim, devia tomar cuidado com quem fala onde é sua casa — Nós dois rimos — Mas, então, vai responder minha pergunta?

— Torci meu tornozelo, só uma queda boba — Sento no sofá, e bato no lugar do meu lado.

Daniel se junta a mim.

— Algum plano para tarde? — Pergunto. E ele nega — Quer ficar aqui? Assistir um filme.

— Não é uma ideia péssima... Mas tenho uma melhor.

— Sou toda ouvidos.

— Vamos ao Golf N'Stuff — Cemiserrei os olhos.

— Quer fazer ciúmes na Ali?

— Nunca faria isso — Joga o corpo para trás — Então, o que diz? — Levanta apenas a cabeça para me olhar.

[...]

Sai do quarto após colocar a roupa por cima do maio, chamando Daniel. Desci a escada com cuidado, e o encontrei cochilando no sofá.

— DANIEL — Gritei, o despertando — Nem demorei tanto assim para me arrumar.

— Como pode ser tão difícil escolher o que vestir?

— Foram no máximo 20 minutos — Reviro os olhos, indo até a entrada.

— Sim, 20 vezes 10.

Abro a porta, dando de cara com Johnny, que tinha um dos braços levantados, pronto para bater na mesma.

— Oi — Sorrio — O que tá fazendo aqui?

— Vim te ajudar com o seu... — Aponta — Tornozelo.

— Acho que é o mínimo depois de ser a causa dele estar ferido — Provoco ele.

— Quem está aí? — O LaRusso pergunta saindo da sala.

— Acompanhada? — O Lawrence enfia a cara para dentro sem autorização, procurando o dono do questionamento.

— O que ele está fazendo aqui? — Os dois exclamam ao mesmo tempo.

— Na verdade, estamos de saída — O moreno junto o seu braço ao meu. Legal, Daniel! Ótimo momento para bancar o machão.

— Isso é verdade? — Johnny cruza os braços.

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEWhere stories live. Discover now