𝗫𝗫𝗜𝗜. BOM MENTIROSO

1.3K 156 60
                                    

𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1984

LAWRENCE POV

Brinquei com a caixinha preta e aveludada esperando Jane. Sabia que durante esse horário estaria estudando na biblioteca. Nerd!

Guardei o presente dentro do bolso da jaqueta, quando a vejo se aproximar, parecia estar em outro mundo, avoada, carregando seus livros, os pressionando sobre o peito.

Os cabelos dourados presos em um coque mal feito, usava um moletom antigo de beisebol, com quase o dobro do seu tamanho, e uma calça larga. Nada parecida com ela normal, mas fim de semestre para a Higgins é sinônimo de estudar igual maluca.

Por isso o pedido seria ali, Jane só pensava em faculdade, e nunca toparia ir a qualquer lugar romântico.

Fiquei a semana toda inventando desculpas para ir em busca da jóia perfeita, já que nada parecia bom o suficiente para ela, tinha que ser algo que brilhasse tanto quanto a loira.

A assisti escrevendo em seu caderno por alguns minutos, ensaiando como chegaria. Opto por me sentar ao seu lado, a provocar um pouco e depois entregar o anel.

Antes que pudesse me aproximar o suficiente, o LaRusso chega. Os dois pareciam tão íntimos, o sorriso de Jane é genuíno com ele.

Daniel perfeitinho LaRusso.

É melhor que eu no karate, talvez também seja melhor namorado.

Kreese pode estar certo, sou um fracasso, e só vou levar Jane para o fundo do poço junto comigo. Ela tem potencial para fazer o que quiser, e sou apenas uma âncora a afundando.

Saio de lá antes que um deles me visse. Sem me importar, pego minha moto e volto para casa sozinho, matando as aulas do resto do dia.

A primeira coisa que faço ao chegar, é invadir o bar particular no escritório de Sid. Pegando tudo que consigo segurar com as mãos.

E de gole em gole, acabo adormecendo ao som de um metal bem alto nos meus ouvidos. Rodeado pelas latas vazias, encaro o teto, sentindo meus olhos pesarem.

Acordo com um impacto sobre minha perna, vendo Jane em pé parada me observando com certa desaprovação.

— O que faz aqui? — Pergunto, temendo pela resposta obvia que simplesmente escalou minha casa.

— Oi para você também, Lawrence. Obrigada por me esperar — Parecia ainda ofegante.

— Eu tinha um compromisso — Finjo indiferença.

— Sei, sei. Era de karate, igual o resto da semana?

— Na verdade, era sim — Me levanto, apenas apoiando meu peso sobre os cotovelos.

— Engraçado, porque eu fiquei sabendo que foi expulso do Naja Kai.

— Cobra.

Analisa minha situação antes de soltar mais uma afirmação passiva-agressiva.

— Acho que seu único compromisso é com o fundo dessa garrafa — Se senta ao meu lado.

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEWaar verhalen tot leven komen. Ontdek het nu