𝗫𝗫𝗫𝗩. COOKIES

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𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1985

Pai- ― Suspiro, o escutando gritar do outro lado da linha.

― VOCÊ PRECISA FAZER UMA ESCOLHA, E ESPERO QUE FAÇA A CERTA!

― EU POSSO FALAR? ― Ele se cala, finalmente me deixando responder ― E-Eu vou pensar, ok? ― Antes que o mais velho pudesse reclamar mais, me certifico ― Confia em mim?

― É claro que confio, JJ, é nesse seu namorado que não confio. Ele não é boa influência!

― Tá bom, Sr. Transei com a minha comissária, e larguei minha família para ficar com ela. Acho que tomo melhores decisões do que você ― Desligo o telefone já farta daquela conversa.

― Passou dos limites, é melhor se desculpar ― Minha mãe aconselha, sentada no sofá com o cinzeiro em uma das mãos e na outra um cigarro.

― Nem pensar.

― Jane! ― Me repreende.

― As pessoas estão sempre querendo me dizer o que é ou não bom pra mim. Mas sou uma adulta agora ― Subo as escadas, irritada.

[...]

― Aceitam? ― Estendo a caixa cheia de cookies para os garotos na minha frente, encostados em suas motos.

― Não comam está envenenado! ― Johnny coloca a mão por cima do objeto.

― O que? ― Me viro para ele ofendida.

― Jane é uma péssima cozinheira e não admite ― Tommy decide se arriscar do mesmo jeito, puxando um ― Sério, cara, tive intoxicação alimentar depois dela me fazer um sanduiche ― O amigo devolve o doce de novo na caixa.

― Primeiro, vai se fuder ― Aponto para o Lawrence ― Segundo, vai se fuder ― Aponto para Tommy ― Terceiro, eu era uma péssima cozinheira ― Dou ênfase ― Agora minha matéria extracurricular é culinária, e é óbvio que se os meus cookies não estivessem deliciosos, eu passaria a noite naquela cozinha, ou incendiária tudo. Então, provem! ― Não é um pedido, é uma ordem.

Cada um pega um, e fica encarando sem coragem.

― Voces são muito maricas ― Reviro os olhos, e dou uma mordida. No mesmo instante, sou atingida por um flash forte.

―Foto para o anuário ― A menina de curtos cabelos encaracolados, avisa.

Mas que droga ― Reclamo ― As pessoas no futuro vão me ver com a boca cheia de cookie no anuário.

Baby, não liga para isso ― Johnny caminha até minhas costas durante a frase, e abraça meus ombros ― Ninguém vai olhar para você, só pra mim ― Rolo os olhos, e nego com a cabeça.

Sinto outro flash. Antes que pudesse reclamar, ouço vozes conhecidas se aproximando, vozes femininas.

― Oi Jane, seus cookies foram os melhores ― Ali elogia, me fazendo sorrir.

― Obrigada, os seus brownies também ficaram ótimos.

― Vocês são amigas? ― Johnny pergunta, de olhos arregalados.

― Sim ― Respondemos juntas.

― Foi ela quem me falou sobre essa matéria ― Informo o loiro, que parece prestes a desmaiar.

― Nós vamos provar vestidos para o baile ― Aponta para as outras meninas com a cabeça ― Quer ir com a gente?

― Não sei. Tenho lição de Trigonometria ― A Mills ri.

― Você é engraçada ― Segura meu pulso ― Vai ser a tarde das garotas.

Começa a me puxar para longe do grupo. Quando viro a cabeça para vê-los, Johnny continua estático, enquanto os outros riem.

[...]

Essa tarde eu pensei que aprenderia sobre roupas, maquiagens e sapatos. Mas aprendi sobre, como as garotas podem ser tão pervertidas quanto os garotos.

Ouvia a conversa altamente picante do grupo, enquanto esperamos Ali sair do provador com seu talvez vigésimo vestido.

— E você, Jane? — No momento que meu nome sai da boca de Susan, todas as meninas olham para mim, me deixando nervosa com tanta atenção — Você já- — Dou uma tossindo constrangida interrompendo o que ela diria.

— Acho que esse não é o lugar mais apropriado para conversar sobre isso — Respondi, sentindo minhas bochechas queimarem.

— Tenho certeza que deve ser muito safada — Uma delas presume — Para segurar um cara como o Johnny, é preciso saber de tudo — MAS DE QUE TUDO VOCÊ TÁ FALANDO?

— Olhem a cara dela, está vermelha como um tomate. É óbvio que é virgem — Só quero abrir um buraco no chão, e nunca mais sair de lá.

— Não se preocupe, Jane, o Johnny sabe muito bem o que fazer lá embaixo — Se isso era para me ajudar, não conseguiu.

— Você e o Johnny, já… — Pergunto, temendo a resposta óbvia.

Elas riem.

— Johnny Lawrence já levou todas nós para cama, bobinha.

— Mas é óbvio que a primeira dele foi a Ali, e ele foi o dela.

Analiso cada uma separadamente, me comparando. Como posso competir?

Todas naquela sala são mais íntimas do meu namorado, que eu.

Me sinto uma virgem fracassada.

Me sinto uma virgem fracassada

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NOTAS:

mds, quando foi que escrever mais de 1000 palavras ficou tão difícil?

capítulo curto dnv, me desculpeeeem

mas o próximo eu juro que vai ser muito emocionante!!

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEWhere stories live. Discover now