𝗩𝗜𝗜𝗜. DESAFIO PERFEITO

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𝗖𝗔𝗟𝗜𝗙𝗢𝗥𝗡𝗜𝗔¦1984

Jane a vida não é um conto de fadas, e precisamos ter decisões egoístas, ou vai viver a vida dos outros para sempre.

Essa frase se repetia várias vezes na minha cabeça. Fui egoísta, e nunca me senti tão viva, em todos esses anos.

Eu e Johnny conversamos só mais duas ou três vezes durante a semana, e agimos de forma normal, apenas fingindo que nada aconteceu. Nada = Melhor beijo que já dei na vida

Ainda podia sentir a sensação da sua boca na minha, mas pelo visto se limitaria apenas a isso, chega de ser egoísta, não queria magoar ninguém, como o meu pai, eu o amo, mas ele foi
muito escroto.

Meus pais se resolveram, e agora minha mãe consegue falar o nome Jim sem chorar ou quebrar alguma porcelana do jogo que ganhou de presente de casamento. Até trocaram curtas palavras pelo telefone, realmente um ótimo avanço.

As coisas melhoraram, tudo estava andando, exceto por não ter nenhum progresso com Tommy, ia seguir o conselho do meu pai e não o "controlar como uma marionete", ia deixar que acontecesse de forma natural.

Comia meu lanche sozinha, esperando que Daniel aparecesse, nos aproximamos depois que Johnny não podia bater nele, mas ele preferia passar seu tempo com sua nova "namorada".

Bobby e Tommy colocam suas bandejas nos lugares na minha frente e me comprimentam.

― Algum motivo especial para visita, ou apenas saudade de mim? ― Pergunto.

― Vamos dar uma festa amanhã, e-

― Eu queria muito que fosse ― Tommy corta o Brown, coloca sua mão sobre a minha, me deixando vermelha.

― Você e o Johnny estão bem pós término, ou ele foi um babaca?

― Tá tudo bem gente, somos amigos agora.

Eles então me passam as informações necessárias e continuam o resto do almoço ali comigo.

[...]

A música ecoava até a rua, de tão alta, e eram tantas pessoas que muitas estavam no gramado de fora, ocupando a calçada.

Entrei dentro da casa, procurando por qualquer rosto conhecido. A visto Tommy, conversando com um casal, mas assim que me vê também se aproxima.

O que fez com os cachinhos? ― Questiona, colado no meu ouvido, me deixando arrepiada.

― Ah ― Suspiro, tentando me recuperar. Passo a mão pelo meu cabelo ― Só estou sem permanente.

Seus olhos vermelhos me encararam de cima a baixo, tinha alguns fios grudados na testa pelo suor.

Tá bonita ― Morde o lábio inferior.

Obviamente, eu me esforcei para parecer apresentável na primeira festa que fui convidada. Mas como não tenho amigas da minha idade, pedi conselhos de moda para minha mãe, que me emprestou suas roupas da adolescência, ela era muito popular, então confiei em seu gosto.

Uso uma calça jeans boca de sino, um top branco tomara-que-caia que deixava boa parte da minha barriga para fora, sapatos com um salto pequeno, anéis e brincos.

𝗙𝗔𝗞𝗘 𝗗𝗔𝗧𝗜𝗡𝗚, JOHNNY LAWRENCEOnde histórias criam vida. Descubra agora