Capítulo 13 - Súditos de Elizabeth

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Após a saída do Doutor Macedo, subi até meu quarto e me deparei com Fabinho e Susana, conversando com Beth. Observando minha amada sorrir diante deles, me animei a virar um pouco o jogo e lutar contra a situação. Decidi então engajar todo mundo em casa, em prol de nossa rainha.

Sem ser notado por eles, fui até o quarto de Susana e, por coincidência ou não, o alvo de minha busca rápida acabara de acordar, de um cochilo na cama da irmã. Alegre em me ver, Aninha esticou os braços e pediu colo, mesmo com seis anos...

Peguei-a, já sentindo um pouco seu peso, embora ela fosse magrinha. Então, falei baixinho:

— Vamos ver a mamãe, porque tenho uma missão para você.

— Missão, papai? Que missão?

— Calma, meu bem...

Lentamente andei até o quarto e fui recebido com sorrisos de meus filhos e dela, o amor de minha vida. Tratei de colocar Aninha no chão e não na cama, posicionando-a próximo da mesma. A pequena protestou:

— Papai, eu quero ficar na cama com a mamãe!

— Calma, lembra-se da missão?

— Ah! A missão... Sim, eu lembro!

— Então...

Todos me olharam curiosos, afinal, não sabiam do assunto, aliás, nem minha filhinha. Então, convoquei Fabinho e Susana para ficarem ao lado dela. Os dois aceitaram, achando ser brincadeira, assim como Elizabeth entendeu.

— Bom, meus filhos, nossa rainha chegou ao seu reino e agora é hora dos súditos ajudarem-na em sua recuperação.

Susana logo retrucou:

— Ué? Nós já estamos fazendo isso...

— Calma. Calma... Explicarei.

Fabinho contraiu a boca em direção à irmã, arregalando os olhos. Ela deu uma cotovelada leve no irmão mais novo e riu.

— Gente, é sério, tá? — falei.

Aninha concordou com a cabeça e então, olhei para Beth que formava um sorriso com misto de expectativa e felicidade.

— Bom, como eu dizia, precisamos nos organizar para ajudar Elizabeth. Assim, deleguei algumas funções para cada um de nós.

Os três me olharam com atenção, o que me animou, visto que estavam mesmo dispostos a ajudar. Mas, observando o trio e também minha "ninfa", decidi usar da criatividade para estimulá-los. Assim, voltei ao "reino de Elizabeth", concedendo "títulos de nobreza" a todos...

Para todos os pais, ou a maioria, os filhos são como príncipes e princesas. Em meu lar não diferia e eu sempre disse isso aos três, mas agora acrescentava algo mais. Comecei então por Susana, a mais velha.

— Bem, Susana, minha princesa primogênita...

— Não! Princesa regente, né? — cortou-me a jovem.

Sem jeito, olhei para Beth, que ergueu os ombros e as mãos, dizendo para eu literalmente me virar.

— Sim, você ainda é a princesa regente, mas até que Elizabeth tome posse de sua posição, não é meu amor? — respondi e olhei para Beth.

Questionei-a para entrar de fato na conversa. Levantando as sobrancelhas, minha esposa olhou-a e respondeu:

— Sim, Susana, você ainda é a minha regente.

O sorriso estampou-se rapidamente no rosto de minha jovem mulher de 16 anos. Então, retomei imediatamente o assunto para que os outros dois não decidissem lutar pelo "trono"...

O que ela viu em mim? - Volume 3Where stories live. Discover now