》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
O carro do desgraçado era um Audi R8.
Um fodido R8 preto metálico que parecia brilhar no meio da noite, cegando todos que olhassem para a lataria. Tive que controlar todo meu espírito de fanática por carros para não surtar ali mesmo. Me dirijo civilizadamente até o banco de passageiro, me empolgando ao perceber o cheiro de couro recém fabricado. O filha da puta tinha comprado o carro há pouco tempo, pelo visto.
Fecho a porta e finalmente tiro o capuz do casaco, aliviada. Se algum stalker me visse entrando no carro do Kaulitz, iria virar a fofoca do mês de capas de revistas. Ainda bem que as fãs já haviam ido, graças a ilusão de que Tom e Bill foram embora juntos. Tom entra no banco de motorista depois de deixar sua mochila e guitarra nos assentos traseiros. Ignoro a forma atraente que ele segura o volante com apenas uma mão, tirando o carro do estacionamento e seguindo rua a fora. Culpo os hormônios, como sempre.
Não deixo de bisbilhotar algumas coisas porque...porra eu estava em uma R8. Vejo a multimídia do carro se acender e coço meus dedos para tocá-la. Tom me pega encarando severamente o controle atrás do volante, tentando ver se há informações sobre quantos cavalos o motor possuí. Tento desviar o olhar, mas percebo que é tarde demais quando o guitarrista sorri. Reviro os olhos, observando janela à fora.
— Quantos cavalos tem seu carro? — Pergunto, fingindo não me importar muito.
— 630. — Porra. Xingo mentalmente, lembrando que minha M8 tem cinco cavalos à menos. Quando o sinal fecha, Tom desvia seu olhar para mim, curioso. — Gosta de carros?
Arqueio os ombros, sem paciência para responder aquilo. Tipo...sim? Eu sou louca por carros desde quando meu pai e eu íamos para a avenida sentar na calçada e tentar adivinhar o nome de todos os carros que passavam pela rua. Esse foi o motivo pelo qual papai me deu uma BMW de presente ao invés de uma Lamborghini Aventador, que era o meu verdadeiro sonho. O problema é que a SVJ tem quase 800 cavalos e me dá-la de presente seria a mesma coisa que me mandar direto para o caixão, porque correria como um furacão pelas ruas da Califórnia. De qualquer forma, não adiantou nada, porque corro como o vento com minha bebê.
— Talvez — Respondo o garoto, curta. Ele batuca os dedos no volante, esperando alguma fala que não ocorreu.
— Dirige? — Faço que sim com a cabeça — Qual o seu carro?
— É uma M8 — O sinal finalmente se abre e Tom arranca o carro, viajando pela avenida a quase cem por hora. Engulo um sorriso ao sentir a adrenalina de correr pelas estradas mesmo cheias de carros.
— Wow. Vai me deixar dirigi-la um dia? Sempre foi meu sonho uma BMW.
Solto uma gargalhada gostosa, fazendo-o revirar os olhos ao reparar qual seria a resposta.