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— Você cortou os cílios do garoto?! — Eu rio incansavelmente, minha barriga doendo de tantas gargalhadas que eu dou com a história do Kaulitz. Ele ri em resposta enquanto chama o elevador.

— Em minha defesa, eu tinha nove anos e não sabia que, sem os cílios a gente não conseguia pregar os olhos para dormir — ele retruca, rindo um pouco. As bochechas de Tom estão coradas de um jeito fofo, e eu rio ainda mais daquilo.

Entramos no cubículo de alumínio e não nos surpreendemos ao encontrá-lo vazio. Olho no relógio do celular e vejo que são 02:24 da manhã. Digamos que eu e o guitarrista...demoramos um pouquinho no viaduto. Claro que não aconteceu nada de extraordinário, mas passamos quase uma hora nos beijando. Nossos pescoços estão cheios de marcas e posso apostar que minha bunda está vermelha, mas foi uma ótima oportunidade de conhecer os pontos fracos do Kaulitz. E foi encantador saber que um deles é: Ele nunca foi dominado. Não deixo de sorrir, pensando profundamente sobre o assunto.

E, como se não bastasse todos os beijos em seu Audi, Tom não perde tempo. Assim que as portas do elevador se fecham ele me prensa contra a parede e ri, enfiando seu joelho entre minhas coxas enquanto me beija. Meus lábios estão vermelhos e inchados de tantas mordidas, lambidas e puxões...mas meu estômago revira de prazer com a língua do garoto novamente enroscada na minha própria. 

Arranho a nuca do garoto, ouvindo-o arfar e apertar minha bunda em uma reação espontânea. Tom agarra minha coxa e a descansa ao lado de seu quadril, levantando-a e fazendo com que nossas pélvis friccionem. Ouço o bip das portas do elevador se abrindo e empurro o Kaulitz para longe de mim. Vejo que não há ninguém no corredor, mas, mesmo assim, decido não continuar com os amassos. Tom tenta me puxar para outro beijo molhado no corredor, mas eu o impeço com um dedo em seu lábio.

— Já deu, Kaulitz. — rio de sua careta manhosa que ele tenta fazer para me convencer — Estou cansada. Meus lábios estão prestes à cair do meu rosto de tão dormentes...vamos dormir, sim?

— Na mesma cama? — O garoto sugere, me abraçando por trás enquanto eu caminho até a minha porta do quarto. Vejo um volume em baixo do tapete e encontro a chave ali. Sorrio, lembrando de Aaron e Wendy dentro do meu quarto.

Ainda com Tom em minhas costas, tentando me provocar com seus beijos em meu pescoço, aplico um chute em sua canela, fazendo o Kaulitz largar de mim e urrar de dor graças ao salto da bota. Rio, negando com a cabeça e abrindo a tranca da porta.

— Vai dormir no seu quarto, Kaulitz, a gente se vê amanhã — eu anuncio, me encostando no batente e sorrindo fraco. Não menti quando disse que estou realmente um caco.

Tom se encosta no batente junto comigo, deixando nossos rostos frente à frente. Eu solto um suspiro, analisando o rosto do guitarrista. Os olhos acastanhados com um brilho diferente nas pupilas, as bochechas coradas das risadas descompassadas de minutos atrás, os lábios avermelhados e doloridos de tanto me beijar... Jesus. Ele é tão, tão lindo que dói olhar.

Desvio minha atenção do garoto, ficando vermelha ao perceber que ele notou minha observação sobre o mesmo. Kaulitz apenas solta uma bufadinha divertida e levanta meu queixo com o dedo indicador e polegar, me obrigando a encará-lo novamente. Ele sorri, colando nossos corpos pelo que parece ser a milésima vez da noite e me beijar com intensidade.

Nada como todos os beijos fogosos que trocamos durante todo nosso passeio. Não. Esse é sem línguas, sem dentes, sem toques maliciosos. São apenas nossos lábios se conectando em uma química surreal de absurda. Eu fecho os olhos, sentindo borboletas bestas voarem pelo meu estômago e meus pelos lentamente se arrepiando.

Tom afaga meus fios de cabelo antes de desconectar nossas bocas, deixando um selar estalado em minha bochecha. Eu sorrio, envergonhada demais para abrir os olhos. Apenas escuto a risadinha idiota do garoto antes de ele apertar sua mão uma última vez em minha cintura.

STARBOY || Tom Kaulitzजहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें