》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
Adrenalina corre em minhas veias quando eu pego a rodovia mais próxima, sentindo meu sangue latejar pelo prazer de andar à 250km/h. Caralho. Quanto tempo que não faço isso? Minha M8 tinha boa estabilidade, mas da última vez que tentei chegar à 300km/h ela quase havia ido com Jesus.
Esse carro? Ele não dá nem uma tremidinha, mesmo estando em velocidade de carro de corrida. Eu sorrio com aquilo, pisando fundo no acelerador e escutando o ronco da minha máquina vibrar por toda a estrada. Gustav solta um praguejo de dentro da mala, fazendo-me rir.
Ok, isso é insano, mas que se dane. Eu realmente não me importo de ter uma cambada de garotos no meu porta malas, não quando estou dirigindo nessa velocidade.
— Kaulitz, conecta uma música boa — eu ordeno para o garoto ao meu lado.
O clima está meio estranho desde que entramos na SVJ, mas sinceramente, eu não ligo. Ele e a australiana dele que se fodam. Depois de descobrir que agora tenho uma Aventador roxa metálica na minha garagem nada me abala. Nem mesmo a loirinha do guitarrista.
Seguro uma revirada de olhos profunda. Eu tinha ficado incomodada com esse assunto, porra. E isso está me sufocando, porque sinto como se fosse uma loirinha burra de filme que, mesmo quando o protagonista faz merda, ela ainda não consegue esconder a tesão que sente por ele. E sinceramente? Acho que é impossível ficar chateada com Tom enfiado nesse terninho à apenas 30 centímetros de mim.
Lambo os lábios e ignoro os pensamentos explícitos que começam a surgir em minha mente.
Ele solta uma bufada, mas me obedece, colocando Heartless do The Weeknd. Eu sorrio, balançando minha cabeça com o ritmo da música e acelerando ainda mais. Há poucos carros na rodovia, o que me possibilitam ainda mais de correr como um furacão.
— Princesa...porra. — Tom resmunga do banco de passageiro, a voz entrecortada — Eu preciso te falar uma coisa. Antes que eu morra com essa velocidade.
Aquilo, de certa forma, me dá gosto para acelerar ainda mais. Vejo o contador bater 270km/h e sorrio profundamente. Até quanto esse carro vai? É a minha pergunta. E vou descobri-la correndo.
— Não tenho nada para falar com você Kaulitz — eu cuspo, mesmo que não seja minha intenção ser tão grossa quanto pareci. — Está tudo okay.
— Não, não está. — Ele resmunga, deitando a cabeça no banco e colocando a mão na frente da boca para evitar um vomito. Eu rio, escutando os palavrões vindos da mala do carro também. — Sobre a Austrália...
— Chega! — eu solto, um pouco alto demais. Meu pé escorrega ainda mais fundo no acelerador e eu finalmente chego ao meu limite. 291km/h...292km/h... — Não quero saber, Kaulitz. Fique quieto.