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Angelina Myler's POV

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Angelina Myler's POV


Assim que percebo que Tom está dormindo, coloco meus óculos de grau, suspirando fundo ao conseguir enxergar as frases em meu Tablet menos embaçadas.

Já passaram uns belos setenta minutos desde que decolamos. Coloquei a rota do avião na minha tela da cabine para ficar acompanhando nossa trajetória enquanto relembro algumas palavras e vocabulário alemão.

Anoto palavras e dicas novas enquanto estou escutando um podcast de alemão e lendo um e-book sobre a língua. Tudo ao mesmo tempo, porque pressão psicológica é meu segundo nome.

Suspiro fundo. Porra de língua chata do caralho. Até mandarim foi mais fácil do que essa merda de alemão. E olhe que é uma língua germânica, igual a minha nativa: o inglês.

Reviro os olhos, voltando a tentar adivinhar se a palavra usa o artigo Die, Das oder Der. Sim, adivinhar. Porque eu cansei de tentar entender essa língua e prefiro mil vezes tentar combinar a palavra com o artigo que a pronuncia fique menos estranha. Anoto algumas dicas que a professora de alemão está falando no podcast enquanto tento decifrar essa merda de língua.

Uma mão arranca meus headphones dos ouvidos e eu solto um resmungo, não percebendo que Kaulitz tinha acordado. Eu sorrio, pausando meu podcast pelo tablet enquanto tampo minha caneta.

— Acho que estou no paraíso — Ele comenta, a voz rouca de sono ao se espreguiçar. Tom me encara por bons segundos, analisando meu rosto. — estou no céu. Olhe só a visão que eu tenho daqui: A nerd mais gostosa de todas.

Eu arregalo os olhos, percebendo que havia esquecido os óculos em minha face. Minha respiração acelera enquanto eu tento manter a calma. Engulo em seco, sentindo minhas bochechas ficarem vermelhas e rapidamente tento retirar o óculos. Mas Tom me impede, sua mão agarrando meus braços e me impedindo de realizar o ato. Ele sorri, negando com a cabeça.

— Nem pensar, cacete. Você fica uma delícia assim, meu amor — Ele sorri, mordendo o lábio inferior enquanto volta a me analisar.

Reviro os olhos, fingindo estar chateada quando na verdade estou surpresa. E, embora eu não demonstre, um sorriso luta para se mostrar em meu rosto quando eu recuo minhas mãos da minha face, a vergonha se dissipando.

— Já acordou? — mudo de assunto assim que ele solta meus pulsos — Não deu nem duas horas de vôo ainda.

— Não estou mais com sono. E, depois dessa visão do Eden, definitivamente quero ficar acordado.

Eu sorrio com sua fala, minhas bochechas levemente vermelhas. De alguma forma, a cabine totalmente privativa e fechada me deixa mais confortável. Eu lambo os lábios, buscando o que dizer. Desvio meus olhos novamente para o Kaulitz, vendo ele encarar meu caderno com um sorriso no rosto e o cenho franzido.

STARBOY || Tom KaulitzOnde histórias criam vida. Descubra agora