》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
— Obrigada Pierre — eu agradeço ao motorista com um abraço de lado antes de sair do Volvo X90 escandaloso do meu pai.
Solto um bocejo profundo enquanto fecho a porta do carro bege e seguro com força os livros em minha mão. Eu estou acabada de sono, mas consegui dormir umas quatro horas antes de vir para a escola, ao menos.
Devo estar um caco de aparência também. Coloquei apenas uma calça jeans de cintura baixa e uma blusa branca de regata que imita um colar e agarra meu pescoço em uma gola quentinha. Meu all star branco estala no concreto do estacionamento da escola enquanto meu rabo de cavalo balança de um lado para o outro.
Odeio meu cabelo preso e sujo. Parece que eu sou descuidada comigo mesmo, mas hoje foi necessário. E pra completar, estou mais nerd que nunca agora que fiz um check-up no sábado passado e descobri que tenho miopia. Ótimo. Resmungo, revirando os olhos ao lembrar do óculos apoiado em minhas orelhas nesse exato momento.
— Chanel? Pensei que só viria amanhã — finalmente percebo que Aaron estava escorado no portão da escola o tempo todo. Sorrio sem dentes, abraçando o mais velho e sentindo seu cheiro. — Senti sua falta. E esses óculos aí, hm? Cegueta.
— Vai se foder! — eu estapeio a mão do garoto que tenta tocar nos meus cabelos para bagunçar o rabo de cavalo que já está mal feito. Começamos a andar até a sala de aula juntos.
— E qual foi o milagre que te fez sair daquele quarto e vir para a aula? — rio de sua fala, olhando para as pontas do meu sapato branco.
Não vim a escola desde que soube da nota. Falei com meus pais e eles concordaram em me deixar em casa estudando como uma maluca no meu quarto. E eu confesso que, depois da ligação do Kaulitz, fiquei motivada a voltar minha rotina normal, pelo menos algumas coisas. Comi 7 tacos ontem à noite, quanro finalmente percebi que estava com uma fome de dragão. E, mesmo sendo apenas 4 horas de descanso, foram as horas mais bem dormidas que tive desde o dia que recebi aquela prova desgraçada.
— Ahn...Tom falou comigo ontem à noite — eu admito, dando de ombros ao escutar Aaron rir maliciosamente.
— Claro. Minhas palavras não são válidas, mas é só seu boy magia te ligar que você volta ao normal, — vejo ele fungar de brincadeira enquanto enxuga uma lágrima — me sinto traído.
— Deixa de drama, pinscher.
Paro no meu armário e coloco todos os livros que estavam em casa dentro da minha cabine, deixando apenas os de física e química na minha bolsa. Enquanto organizo a fileira de livros, Aaron se escora no armário ao lado e fica me encarando com um sorriso de orelha à orelha.