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Angelina Myler's POV

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Angelina Myler's POV

— Aproveitem, beijem muito e curtam! — Tia Ashley me abraça, depositando inúmeros beijinhos irritantes nas minhas bochechas e quase derrubando meu copo de suco natural da minha mão. Eu fecho os olhos, rindo.

— Eu fico apenas com a primeira e terceira, porque namoro — Aaron avisa, fazendo nossos pais gargalharem.

Eu cruzo os braços quando a mãe de Aaron me larga. Estamos no porto de Rio de Janeiro, Brasil, esperando a checagem do cruzeiro ser realizada para entrar no navio. Um raio de sol bate em meus olhos, me cegando por alguns segundos antes de eu abaixar meus óculos escuros.

Confesso que gostaria de ficar mais tempo no Rio. Adoro essa cidade desde a primeira vez que viajei para o Brasil. Se deixarem, eu e Aaron passamos o dia todo nos bares de Copacabana. Pinscher adora sambar e escutar pagode ao vivo, enquanto eu só gosto mesmo é da caipirinha de limão que os brasileiros fazem. Deveria ser considerado uma maravilha culinária.

Beberico mais um pouco do meu suco de laranja, revirando os olhos com o sabor. As frutas aqui simplesmente tem...gosto. Não são como as secas e aguadas que vendem nos mercados da Califórnia.

Tudo bem que a barraquinha da Irmã do Suco estava meio que burlando umas cinco leis de higiene. Mas quem liga para isso? Nos Estados Unidos os supermercados seguem todas essas baboseiras e a comida não é gostosa como a daqui.

— Você é uma exceção, Aaron, porque a minha sobrinha está — tio Otto pisca um olho para mim, me arrancando uma risada sincera. Papai revira os olhos.

— Vai se foder! Minha filhinha não beija na boca! — meu pai nega com a cabeça, se recusando a aceitar a verdade.

Finjo que as lembranças dos beijos do Kaulitz não me assolam, mas elas fazem. Entram e saem da minha mente como uma rodovia de mão dupla. É quase como se eu pudesse sentir seus lábios contra os meus, seu piercing roçando em meus dentes, minha língua...Cristo, de novo não.

Rapidamente me obrigo a esquecer das imagens, embora elas tenham me causado o primeiro arrepio de prazer desde a última vez que escutei a voz do guitarrista. Me lembro do real motivo deste cruzeiro: esquecer o mesmo.

E não preciso seguir o conselho da minha tia para isso, porque, Porra, é tudo muito recente para simplesmente sair beijando a boca de qualquer passageiro a bordo do sexo oposto. Mas eu posso me divertir e ficar bebada o suficiente para isso. Solto um suspiro fundo.

Aaron solta uma gaitada de ironia, como se meu pai tivesse soltado a maior atrocidade do século.

— A Chanel nem virgem é mais, tio! — minha mãe ri com a insinuação do moreno e minhas bochechas coram quando vejo meu pai branco.

STARBOY || Tom KaulitzWhere stories live. Discover now