》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
O barulho da chuva caindo do lado de fora da janela faz com que eu acorde relaxada.
Esfrego os olhos para descolar os cílios da primeira noite bem dormida desde que os garotos foram para Tour, graças aos primeiro orgasmo desde esse evento também, claro. Um sorriso preenche meus lábios quando relembro da chamada de voz antes de cair no sono.
Retiro as cobertas de cima do meu corpo e assobio ao perceber o frio presente no ar. Me encolho ao levantar da cama, correndo até o closet em passos rápidos e pegando um roupão de seda quentinho. Visto a peça azul clara por cima do pijama e suspiro fundo quando o calor atinge meus poros.
Só depois de calçar minhas pantufas para não tocar o chão congelante, caminho até o banheiro. Prendo o cabelo com uma presilha e me preparo para lavar o rosto. Faço toda a higiene matinal pensando nos últimos momentos antes de eu capotar em um sono profundo.
Ele estava tão...pervertido ontem. As coisas que me sussurrava através da linha telefônica incharam meu estômago de prazer e um frenesi inacabavel. Fora o clímax mais rápido de todos os outros, porque acho que estava com tesão acumulado desde o nosso último momento no banheiro do aeroporto.
Sorrio para o nada enquanto pego minha pasta de dente e derramo um pouco nas cerdas da escova. O gosto de menta com hortelã invade minha boca enquanto eu esfrego os dentes, o sorriso ainda estampado em minha cara.
— Ela já acordou?! — ouço uma voz de um Aaron preocupado, meio abafada por conta da porta do quarto fechada. Ouço a maçaneta se virando e uma respiração entrecortada preencher a acústica do meu dormitório — Angelina?!
— Aqui! — respondo, babando a espuma da pasta de dente para fora da boca. Rio comigo mesma antes de enxaguar.
Aaron corre até mim com um semblante preocupado. Seus pés batem no carpete como pedras contra aço. Eu franzo o cenho ao encontrá-lo de pé na frente do banheiro, a testa e a blusa molhadas de suor indicando seu esforço físico em vir rápido à minha casa.
— Você acabou de acordar?! — ele pergunta, a voz entrecortada pela falta de fôlego. Eu rio com o seu desespero em plenas nove e meia da manhã de um sábado.
— Pinscher! Já sabe da nova?! Se não eu te conto — jogo minha escova de dentes de volta em sua caixinha. — eu e o Tom estamos...caminhando pra um relacionamento, eu diria. — faço simbolos de serpentina com as mãos, comemorando silenciosamente porque sei que era isso que Aaron queria que acontecesse. — Não diria que estamos namorando mas...estamos no caminho certo para isso e...
Eu franzo cenho ao voltar minha atenção ao garoto parado na porta, que não esboça nenhum índice de alegria em seu rosto. Pego meu sabonete e lavo as mãos, me preparando para fazer minha skin care diurna.
— Nossa...quanta animação, hm?!
Aaron lambe os lábios e meu coração se aperta ao perceber suas mãos trêmulas. Que porra...?
