》SINOPSE
Angelina Myler odeia guitarristas.
Ela tem a vida perfeita. Vinda de uma linhagem rica, com pais presentes e atenciosos, notas boas, bom histórico escolar e uma enxurrada de homens aos seus pés. Um dia por volta de seu último ano no colégi...
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Angelina Myler's POV
— Compra uma garrafa de água, chicletes e aquele energético que dá asas — Tom me passa seu cartão. E tudo que eu consigo fazer é gargalhar da forma que ele cita sobre o RedBull.
Estamos quase chegando em Frankfurt. Pensei que a viagem fosse demorar mais, contudo, cada segundo com o guitarrista é gratificante. Nossas conversas de minutos acabam se tornando horas e é tão, tão, simples conversar com meu namorado. Apesar de não termos lá tantos assuntos em comum.
Conversamos sobre a faculdade que estou planejando seguir e quais das opções é a mais válida para meu futuro, como também falamos sobre o novo disco que os meninos estão gravando, e que curiosamente o Kaulitz quer gravar uma música sendo vocalista — confesso que meu coração errou umas batidas. Ficara super animada, porque porra, finalmente poderia sentir um gostinho da sua voz gostosa junto com um solo de guitarra maravilhoso.
Aproveitei para fuçar nas redes sociais e vi que os paparazzis tiraram foto da gente no aeroporto, especificamente no momento que estava no colo do Kaulitz gargalhando com ele na sala VIP. Cheguei a sorrir e ler a matéria para o garoto ao meu lado.
"Guitarrista Tom Kaulitz e filha dos renomados Robert e Isabelle, Angelina Myler, acabam de ser flagrados durante uma conversa romântica no aeroporto. O que será que esses dois estão tendo?! Sexo casual?! Namoro?! De acordo com..."
Nós apenas gargalhamos. Estava tão na cara que tínhamos algo que nos cansamos de negar. E, sinceramente, é libertador. Não ligar para a imprensa e a putaria dos paparazzi e jornalistas fora a melhor decisão que tomei em minha vida.
Depois, tirei um cochilo de vinte minutos com a cabeça escorada na janela do veículo. E, enfim, acordei com um casaco masculino me aquecendo acima de meu corpo enquanto Tom abastecia o tanque de gasolina do Mustang. O som tranquilizante da neve caindo no chão e de Chopin tocando no rádio do carro fizera me sentir como um bebê urso prestes a hibernar novamente.
— Sabe que tenho meu próprio dinheiro, certo? — Questiono, não fazendo menção de pegar o cartão de sua mão. Quando Tom percebe, ele solta uma bufada e abre os dedos da minha mão de forma forçada, enfiando o cartão entre os meus dedos. Eu reviro os olhos.
— Com dinheiro próprio ou não, você continua sendo minha mulher. E mulher minha só paga quando eu não estou por perto.
Bufo, fingindo que estou irritada, embora uma sensação calorosa cresça em meu peito. Minha mulher. Um sorriso pequeno preenche meus lábios, e tudo que respondo é um "Sei" em murmúrios, antes de sair do carro e fechar a porta com força.
