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Kaulitz segura nossas mãos com força, como se nossos dedos fossem se separar uns dos outros. Ele nos conduz até o elevador e aperta no botão do térreo. Entramos no cubículo de alumínio e eu sinto minha barriga revirar.

Estou tão, tão nervosa. Não saio com garotos desde Henry, e a presença do guitarrista não é das mais tranquilizantes. Ele tem esse ego idiota que empina o nariz sem fazer esforço, deixando-o vinte vezes mais gostoso. É impossível não se sentir intimidada com seu olhar.

Cruzo os braços e me escoro na parede, olhando para o teto quadriculado. Esperamos pacientemente o cubículo chegar no nosso andar. Quando ele chega, Tom pega minha mão de novo, entrelaçando nossos dedos enquanto saímos pelas portas automáticas. Não deixo de corar e sorrir um pouco. É fofo o jeito carinhoso que ele segura minha mão. E as vezes sinto seu polegar fazendo carícias em minha palma. Deus, eu sou tão idiota. Me contenho e solto um suspiro fundo, ignorando aquilo.

Três caralhentos anos sem sair com nenhum homem — homens esses que davam em cima de mim, e eu conhecia, há anos. Para que? Para eu sair com um guitarrista famoso, que exala red flag e que eu conheço à um pouco mais de uma semana. Quase rio com aquilo. Porra.

— Vamos no seu Audi? — eu pergunto quando chegamos ao estacionamento. Tom me responde com um sorriso enquando destrava seu carro. Eu sorrio de volta, entrando no banco de passageiro.

— Trouxe o ingresso? — o garoto me pergunta enquanto liga o veículo. Reviro os olhos, colocando o cinto.

— Claro que sim, idiota.

O Kaulitz dá partida no carro e dirige até a avenida. Eu ligo a multimídia, nervosa. Ignoro minhas palmas suadas e coloco alguma música aleatória. O tempo passa devagar, como se estivesse em câmera lenta. Eu começo a batucar minha bota no piso do carro, inquieta. Tom percebe meus movimentos e, no escuro do carro, sem que eu perceba, apoia uma mão em minha coxa.

Prendo a respiração no começo. Mas depois, noto que ele faz isso para me acalmar. Os dedos começam a se movimentar lentamente pela minha pele, fazendo uma carícia tranquilizadora. Eu encosto minha cabeça no banco e controlo minha respiração, sorrindo ao perceber que funcionou.

Paro de pisotear o carro com minha bota e relaxo. Mesmo Tom reparando em minha tranquilidade, ele não tira a mão da minha coxa, continuando com suas carícias gostosas. E eu deixo, ficando em silêncio e apreciando seus dedos.

Não deixo de notar nas suas roupas também. E me assusto. Tom está usando uma camisa polo ao invés de suas camisetas largas com estampas de bandas de rock. Calças de couro pretas, coturnos negros e sua clássica jaqueta de couro. E, óbvio, uma bandana branca amarrada na testa. Ele dirige concentrado, apenas uma mão no volante enquanto a outra continua em minha coxa.

— Pode tirar foto, princesa — ele brinca, desviando o olhar da estrada para mim por alguns segundos.

— Está de camisa polo — eu digo, rindo e tentando disfarçar que estava encarando-o como uma tarada.

— Não ia sair com a rainha da moda de qualquer jeito, né? Seria humilhante você parecendo uma modelo e eu saindo do esgoto.

Rimos da sua fala, negando com a cabeça. Mas eu gostei. É bom saber que Kaulitz não é do tipo que saí com garotas de qualquer jeito. Eu detesto homens assim, porque convivo com um. Mamãe se produz inteira para jantar com o meu pai, e ele o que? Se puder, ele vai até de chinelos e bermuda. Minha mãe fica puta da vida.

— Então...como vai funcionar lá dentro? — eu pergunto, brincando com a corrente da bolsa em minhas mãos.

— Como assim? — ele me devolve confuso.

STARBOY || Tom KaulitzKde žijí příběhy. Začni objevovat