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— Wendy, me larga! — eu rio, já um pouco alterada.

Deve ser umas...duas da manhã? Não faço a mínima ideia. Tomei tantos drinks de morango com gim que já perdi a conta. Kaulitz e eu estávamos dançado juntos agora pouco, com os olhos de Henry vidrados em nós. Mas então decidimos que seria melhor nos afastarmos um pouco para ver se o corno falava alguma merda para um de nós.

Agora Tom está sentado em um sofá, bebendo whisky e conversando com Georg, enquanto Wendy me puxa para a pista de dança novamente. Eu tento resmungar e puxar meu pulso, que está agarrado na mão da loira, mas estou alterada demais para ter força suficiente.

Sou uma bêbada muito bipolar, e...um pouco chata, admito. Posso estar dançando igual a uma doida, elétrica e energética, assim como posso estar sentada no chão, refletindo sobre a vida, pensativa e filosófica. Aaron detesta beber comigo por conta da minha mudança de humor repentina. Mas Wendy parece aturar bem.

Acabo desistindo de tentar conter Wendy e movo meus quadris no automático, apreciando a música que está estourando pelo salão. Wendy se junta à mim e começamos a dançar em conjunto. Sorrio para ela, que bate seu drink de abacaxi no meu como que em um brinde.

— Às únicas garotas do grupo, hm? — ela propõe, antes de voltar a dançar e remexer a cintura, cantarolando a música em uma voz desafinada. Porra, essa maluca está muito bêbada e é impossível não cair na gargalhada com seu estado. Sua dancinha ridícula, em vez de atrair atenção, apenas está afastando as pessoas de perto da gente.

Olho para onde o Kaulitz está e vejo Georg rindo da cena de Wendy, que não está nada agradável de se ver. Aceno para o baixista e ele entende em um segundo, se levantando, deixando o copo de whisky para trás e vindo até sua namorada, pegando na cintura dela.

— Georg?! É você?! — ela questiona, apertando os olhos e tentando identificar quem está na sua frente. Quando vê que se trata do garoto, ela pula nos braços dele e o abraça — EU QUERO TRANSAAAAAAR!

Arregalo os olhos e escondo o rosto na minha palma, rindo incansávelmente. Risadas e cochichos começam a correr ao nosso redor. Eu fecho os olhos. Puta que pariu. Não consigo parar de rir. Abro as pálpebras e vejo Georg com as bochechas mais rosadas que o normal, carregando uma Wendy bêbada no colo enquanto a loira sussurra coisas no ouvido do garoto. Eu rio, negando com a cabeça.

Uma presença masculina é identificada pela minha visão periférica, e não preciso me virar para saber que não se trata do Kaulitz. Não mesmo. É fácil identificar quando Tom está por perto. Meu corpo responde por si só, ficando todo eriçado como um pavão perto das fêmeas. É irritante.

— Podemos conversar agora que o seu namoradinho não está de guarda? — escuto a voz de Henry e sorrio amargamente, me virando para encara-lo. Seus olhos verdes um dia fizeram meu estômago lançar borboletas por toda minha barriga, mas agora me fazem querer arrancar minhas tripas.

Cruzo os braços e o fuzilo em desafio. Namoradinho. Quase sorrio com sua infantilidade. Faço um movimento de cabeça, o informando que estou aguardando sua fala. Henry revira os olhos.

— Eu sinto muito por tudo que te fiz passar, Angelina. Mas, que porra é essa?! Você vem no hotel que estou hospedado com a minha nova namorada só pra acabar com meu relacionamento atual?! Tem merda na cabeça?!

Eu não consigo. Eu arregalo os olhos em pura surpresa e choque...antes de começar a rir. Henry me olha com uma cara confusa, esperando por uma explicação mas tudo que consigo fazer é gargalhar como uma idiota. É impossível evitar o pensamento de que estou rindo 'pra caralho ultimamente, mas não tem muito o que fazer. Estou vivendo situações vergonhosas e ridículas demais para não rir da minha própria vida.

STARBOY || Tom KaulitzWhere stories live. Discover now