01 | método collins

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 Bárbara Johnson — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson — point of view
San diego, CA

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— Bárbara! Colégio! Eu não vou falar de novo!

Minha mãe grita da cozinha, e sua voz irritante ultrapassa as paredes do meu quarto. É quase impossível não acordar com toda essa barulheira.

Tá. isso era uma mentira. Eu já estava acordada fazia tempo, já que meu despertador fez o seu trabalho há uns 15 minutos — antes de eu jogá-lo no chão. Na verdade, meio acordada era o termo ideal para o momento. Minha mente estava acordada; meu corpo não. E era dessa forma que eu tentaria me esquivar daquela quarta-feira da maneira mais passada de todas: Perdendo o horário. Talvez um pouco propositalmente. Só um pouco.

A cama estava tão quentinha e só de pensar em ouvir a voz da Sra. Petersen nos primeiros tempos de aula me injetava uma nova carga de sono que eu julgava ser praticamente impossível. Física se consagrava no topo do ranking de piores matérias da vida. Agora imagine que ela está nos seus 3 primeiros tempos na quarta-feira. É. Eu sei, eu também me pergunto isso todos os dias antes de acordar.

Quem diabos teve essa péssima ideia?

Alguns segundos depois, ainda enrolada no meu edredom, eu ouço o rangido da porta do meu quarto. Cubro minha cabeça com ele e resmungo, manhosa:

— Aí, mãe, me deixa dormir só mais um pouquinho, vai...

Em silêncio, sinto-a afundar o lado direito da minha cama, assim como o travesseiro. Logo depois, seu braço envolve meu quadril por cima do tecido grosso.

Aquilo estava estranho demais para minha mãe... até eu perceber que, na verdade, não era ela.

— Você vai acordar ou vou precisar usar o método Collins?

Eu ouço sua voz abafada atravessando os 200 fios do edredom, e eu arregalo meus olhos. Meu coração engata a bater depressa, instantaneamente, e eu sei o motivo pelo qual ele cisma em agir desse jeito. Era ele. A presença dele ligava um tipo de descarga elétrica pelo meu coro. E ele estava ali, perto de mim, com 200 fios separando seu corpo das minhas costas e bunda.

Minha bunda. Meu Deus. Eu estava só de calcinha! E ele estava ali!

— Victor! — eu grito, em um lapso de consciência assustador, pulando da cama com o cobertor colado ao meu corpo. Eu apertava tanto a barra dele que poderia jurar que os nós de meus dedos estavam brancos. O mesmo, tranquilo, se mantém na mesma posição, com o cotovelo suspendendo sua cabeça e com o corpo repousado de lado. — Eu estou com roupas íntimas!

Eu exclamo, nervosa. Posso me sentir ferver de vergonha. Mesmo que o edredom tampasse tudo, eu não parava de imaginar desconforto que seria se ele me encontrasse destampada... literalmente. Isso seria quase um suicídio social.

Má ideia Where stories live. Discover now