04 | como nos velhos tempos.

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson — point of view
San diego, CA

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Ela era linda.

Tão linda, que eu me sentia irritada. Irritada, porque ela conseguia facilmente algo do eu qual sempre lutei para ter: A atenção de Victor. Tudo bem, eu estava ciente de que a vida nem sempre era justa, mas quando o assunto era eu, a injustiça se tornava algo habitual.

Primeiro, estou apaixonada pelo meu melhor amigo. Segundo, ele está interessado em outra garota. Qual é a maior injustiça do mundo, senão o amor não correspondido?

— Você está me ouvindo, Babi?

A voz de Milena soa longe. Pisco meus cílios e só então me dou conta de que passei tempo demais observando Megan e Victor, do outro lado do corredor. Ele estava encostado no armário ao lado do dela, enquanto a novata pegava alguns livros no seu. Eles conversavam há mais ou menos 15 minutos. E Deus, como eu gostaria de ser uma mosquinha agora para conseguir espiar o que tanto diziam.

Me volto à Milena, que havia acabado de fechar seu armário e segurava o livro de biologia. Depois dela engatar a falar sobre o ensaio de ontem, eu me perdi na cena que acontecia na minha frente. Como sempre, me torturando. Acho que posso me considerar adepta do sadomasoquismo.

— Tô.

Minto, mas ela solta um suspiro profundo, dramático. Não que fosse de se surpreender, vindo de Milena. Ela era a Miss Drama.

— Eu queria tanto que você tivesse ido, assim não precisaria lidar com a grude sozinha. — ela revira os olhos em desdém. — Acredita que ela comprou uma bolsa idêntica à minha?! — ela solta, indignada. — É claro que ela gosta de me provocar.

Isso é verdade. Angeline adorava holofotes. Fossem eles bons ou ruins. Mas Milena também tinha uma parcela de imperfeição. Ela se achava o centro do universo.

— Sinto muito, Mi. Precisei ajudar minha mãe com o café. — me expliquei, lhe esboçando um sorriso torto.

— Os meninos me contaram. Ele está à beira da falência, não é? — ela pergunta, e eu me sinto incomodada com o seu tom afirmativo. Eu sabia que Milena tinha a melhor das intenções, mas eu não acredito que ela, filha de um grande empresário, entenderia o significado de lutar pelo que quer. — Por favor, se houver algo que eu possa fazer para ajudar, me diga. Eu adoro aquele café.

— Eu sei. Obrigada, Mi. — sorrio fechado, agradecida, e ela sorri abertamente para mim. Não acho que ela sentiu meu desconforto, afinal, Milena era desligada de tudo.

Para a nossa salvação, Marco se aproximava de nós. E eles estavam bem, para a minha sorte.

— Oi, amor. — os dois deram um selinho breve quando ele chegou. Só então Marco se virou e me encarou, acenando com a cabeça. — E aí, Babi.

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