15 | sobre as manhãs seguintes

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Victor Collins  — point of viewSan diego, CA

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Victor Collins  — point of view
San diego, CA

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maratona 5/5

Nenhuma expressão no mundo conseguiria me descrever naquele momento, senão a puto pra caralho. Eu poderia quebrar uma cidade inteira com a raiva que tomava cada partícula do meu corpo.

   Eu não conseguia aceitar a ideia de que Bárbara tinha ficado do lado do idiota do Carson ao invés do meu, o seu melhor amigo. Ao menos, era o que eu costumava ser para ela há semanas atrás.

    Porra, eu sequer a reconhecia mais!

   Eu pouco me importava com os machucados, ou o sangue, ou todos aqueles olhares acusatórios ao meu redor, porque vê-la implorar para que eu fosse embora, enquanto verificava se o Creed estava bem no chão, foi como o pior tipo de golpe: aquele que a gente não espera. Foi o suficiente para eu entender, naquele instante, que a prioridade não era mais eu.

     Megan tentou me puxar para longe e eu desvencilhei-me de seu toque com certa brutalidade, completamente cego pela ira, seguindo o caminho para fora da casa sozinho. Eu sabia que ela estava logo atrás de mim, de qualquer modo.

     Abri a porta do meu carro e me acomodei no banco, batendo a mesma com força. Tento normalizar minha respiração desregulada, mas então a imagem de Bárbara e Creed me vem à mente, e num lapso de fúria, eu soco o volante. Um misto de decepção, indignação e tristeza me levam ao extremo em questão de segundos.

      Como a atitude de uma pessoa poderia me abalar tanto?

       Por que a Bárbara me abalava tanto?

      Nesse momento, Megan abre a porta do carona e senta-se no banco com cautela. Ouço a porta se fechando, mas eu não tenho coragem para olhá-la agora.

      — Victor...

      Eu respiro fundo, fechando meus olhos. A última coisa que eu queria era a droga de um sermão.

      — Por favor, não diga nada. — eu peço, brando, sem encará-la. Eu não queria estragar tudo com a única pessoa que se mostrou do meu lado.

      Sinto sua mão repousar sobre a minha coxa, de repente, e sua voz acalentadora ressoa pelo carro:

      — Eu... eu sinto muito pelo Creed, Victor. Eu nunca imaginei que tudo isso tomaria proporções tão extremas. — eu a encaro, e diferente de maioria das pessoas da festa, Megan não carregava julgamento. Ela carregava a compreensão que eu desejava ter, outrora, da Bárbara, mas ela não pensou duas vezes em me virar as costas e me trocar pelo primeiro babaca com palavras bonitas que apareceu na sua frente. Ela costumava conhecer Creed Carson. O que aconteceu para ela, do dia para a noite, perdoar todos os seus erros e se tornar sua amiguinha? Eu não conseguia entender. E acho que nunca vou conseguir. Quando as coisas entre nós se tornaram tão difíceis?  — Eu realmente não sei o que aconteceu entre vocês, mas eu não deveria ter deixado tudo chegar a esse ponto. A culpa é minha.

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