Bárbara Johnson e Victor Collins são melhores amigos há anos, e se orgulham da relação aberta e sincera que construíram desde então.
Nunca mentiram, nunca brigaram, e nunca guardaram segredos um do outro. Mas, quando entram no ensino médio, Bárbara...
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Bárbara Johnson — point of view San diego, CA
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Na sexta-feira, todos do colégio só sabiam falar na tão esperada festa de aniversário de Angeline Williams. As expectativas acerca dela estavam bem altas. Alguns até especulavam que seria a festa do ano. Até mesmo Milena não parou de falar dela nem por 1 minuto sequer durante toda a manhã. Eu não sabia se era inveja ou medo. Eu julgava ser inveja da sua grandiosidade, uma vez que Marco tinha lhe prometido que não iria sozinho para a casa do lado inimigo — depois de algumas milhares ameaças da Milena contra o pobre coitado —, o que significava que Milena estava tranquila quanto à isso.
Eu, por outro lado, já tinha meu planejamento perfeito para aquela sexta à noite: pizza, Friends e sorvete. Perfeito! Eu precisava ocupar minha mente com afazeres para não acabar derretendo meu cérebro com as tantas suposições em relação à Victor e Megan. Eles com certeza ficariam juntos na festa. Pelo menos, eu não estaria lá para ver.
Mas, todos os meus planos foram por água abaixo.
Depois de um banho calmo, dei de cara com Milena no meu quarto. Ela esvaziava meu armário, jogando minhas roupas no chão como se fossem brinquedos velhos, sem importância alguma. Paralisei na porta, não sabendo exatamente o que pensar.
— Ei! O que tá acontecendo aqui? — eu pergunto, observando o chão com todas as minhas roupas jogadas. Fiquei brava, de certa forma. Ela realmente não sabia o trabalho que dava arrumar um guarda-roupa inteiro. Aquele era o meu sábado inteiro jogado no lixo.
— Santo Deus, Bárbara , você não tem uma roupinha para festa? — Milena reclamou, virando-se para mim com uma blusa nas mãos — que rapidamente parou no chão, junto das outras.
— Desculpe, mas o que tá rolando aqui? — volto a perguntar, e Milena revira os olhos, como se eu fosse alguém com paralisia mental.
— O que está rolando, querida, é que vamos à festa da grude.
— O que?! — meu tom exprime confusão.
Ela só podia estar brincando. Desde quando? E quem decidiu isso?
— É isso mesmo que você ouviu. — ela reafirmou, cruzando seus braços. — Marco e os garotos estão lá, nesse exato momento, e eu não vou deixar que aquelazinha — ela fez uma careta de desprezo, erguendo seu dedo indicador — se aproveite do meu namorado.
Ok. Era muita coisa para assimilar.
— Primeiro, achei que Marco não iria. E segundo, se eu me lembro bem, você disse que jamais pisaria seus louboutins no chiqueiro que ela chama de casa. — subi minhas sobrancelhas, repetindo suas palavras. Milena surpreendeu-se com a minha declaração, e eu me defendi: — Suas palavras.
