25 | surpresa!

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson point of view
San diego, CA

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Eu nunca muito fã de aniversários, para falar a verdade.

Por que comemorar o fato de você estar adquirindo mais idade a cada ano? Quero dizer... é uma tradição idiota. E ela se torna ainda pior quando você alcança a maioridade. É aquele fatídico momento em que você se pergunta se ainda é um adolescente ou se já pode se considerar um adulto.

E é quando você começa a questionar tudo várias e várias vezes. Seus sonhos, sua realidade, seus desejos... O que eu realmente quero fazer? Quem eu quero ser? Você precisa tomar decisões — que nem sempre serão as certas, mas raramente você sabe disso até que descobre, da pior forma, que não é. Talvez isso ocorra mais de uma vez com a maioria das pessoas, porque, bem, nós somos humanos e passivos de erros; entretanto, somos ensinados pelos nossos pais que um erro pode significar tudo. Somos ensinados que, na vida adulta, os erros podem ser fatais. E é tudo o que mais tememos antes da maioridade.

Legalmente, não somos mais responsabilidade dos seus pais. Somos, basicamente, jogados à sociedade como filhotes inexperientes em uma selva de pedra.

E isso é assustador pra caramba.

A verdade é que passamos a nossa adolescência inteira tentando não nos pressionar com isso. Tentamos nos preparar para essa nova fase da nossa vida. No entanto, como nos preparar para algo que sequer vivenciamos?

Meu aniversário foi uma das últimas coisas que pensei nos últimos meses. Ele não era, exatamente, a minha prioridade, uma vez que eu estava ocupada demais em um conflito com o meu melhor amigo e enrolada em um quase romance com Creed Carson. Caramba. Como a minha vida havia mudado tão drasticamente e de forma tão rápida desde o começo do ano letivo?

O meu eu do ano passado provavelmente riria se lhe dissessem que Victor e eu não éramos mais amigos. Isso costumava ser impossível para mim — mesmo com toda aquela besteira de paixão platônica —, porque eu nunca colocaria ela acima da nossa amizade. Justamente por temer tanto perdê-lo.

Eu estava errada.

Eu o perdi, da mesma forma.

Uma vez eu li que as pessoas tendem a ser passageiras. Entretanto, eu gostava de pensar que eu e Victor éramos a exceção à regra. Eu não pretendia contar aos meus filhos sobre o cara que fez parte da minha nem-tão-louca-assim adolescência; eu queria que ele estivesse do meu lado quando isso ocorresse. Poderia ser um pensamento ingênuo da minha parte, mas esse não é o significado da amizade?

No fundo, eu sinto muito por termos nos tornado, no final das contas, como todos os outros. Lembranças um do outro de um passado que parece tão distante agora.

Má ideia Where stories live. Discover now