26 | nós dois sabemos a resposta para essa pergunta.

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson point of view
San diego, CA

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Foi tudo muito estranho. Em um momento, eu estava vomitando todos os meus órgãos nos pés do Victor. No segundo seguinte, eu estava acordando na minha cama, com a luz do dia refletindo no meu rosto e a minha cabeça latejando.

Eu sobressalto-me na cama, sentindo um gosto amargo subir desenfreado pela minha garganta. Desesperada, eu ponho a minha cabeça para fora da cama, expelindo todo o líquido gosmento e nojento para fora. Com sorte, eu acertei o balde que, milagrosamente ou não, estava no lugar certo e na hora certa.

Meu Deus. Aquilo era muito pior do que todas as viroses que eu já tive em toda a minha vida juntas.

Então era isso que chamavam de ressaca?

Meus pensamentos são interrompidos pela abertura da minha porta, que revela Mary Alice com um copo d'água em uma mão e um comprimido na outra. Por um instante, ela me inspeciona naquela posição comprometedora e posso jurar que a assisti segurar um sorrisinho zombateiro.

— Nada mal, uh? — ela me caçoa, adentrando o meu quarto à medida que eu sento-me contra a cabeceira, limpando a boca com as costas da minha mão. É claro que ela não iria perder a oportunidade de tirar sarro da minha situação precária. — Como se sente?

Mamãe senta-se ao meu lado, na beirada da cama. Minhas têmporas doem.

Por que ela precisa falar tão alto?

— Como se eu estivesse à beira da morte. — resmungo, reforçando um pouquinho no drama.

Mamãe ri.

— Não seja exagerada. Ressaca não é a morte. — ela diz, estendendo-me o copo com água e o comprimido. Eu reviro os olhos. — É aspirina. Vai aliviar o mal estar e a dor de cabeça.

— Valeu, mãe. — peguei o comprimido e a água, o colocando na boca e ingerindo um gole. Coloco ele goela abaixo enquanto mamãe me observa atentamente.

— Não sei se devo te parabenizar pelo seu primeiro porre ou te colocar de castigo pelas próximas duas semanas. — ela pondera, descontraída. Mamãe não se mostra realmente brava pelo acontecido, o que, de certa forma, me acalma.

— Tenho a opção de recusar o castigo?

Sorrio de maneira sugestiva e Mary estreita os olhos para mim, falhando na tentativa ao soltar uma risada fraca no final.

Entretanto, o seu bom humor não dura muito e logo ela está com aquela familiar expressão séria em seu rosto — que eu já sei onde vai nos levar.

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