Bárbara Johnson e Victor Collins são melhores amigos há anos, e se orgulham da relação aberta e sincera que construíram desde então.
Nunca mentiram, nunca brigaram, e nunca guardaram segredos um do outro. Mas, quando entram no ensino médio, Bárbara...
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Bárbara Johnson — point of view San diego, CA
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Novamente eu estava sentada no banco do carona do carro de Creed Carson. Acho que isso está começando a se tornar um hábito incomum.
— Para casa? — ele me pergunta, quando se junta à mim no carro e fecha a sua porta.
— Para o café da Mary. — o direciono, e ele sorri de canto, puxando a marcha.
— É lá que você trabalha? — ele pergunta, me olhando de soslaio logo que o mesmo engata a dirigir pelas ruas da cidade. Hoje o clima está particularmente agradável.
Assinto, esclarecendo:
— O café é da minha mãe, então... eu só ajudo. — ele balança sua cabeça em concordância, com o foco na rua. Inclino minha cabeça para o lado, murmurando: — Modéstia a parte, nós temos o melhor café da cidade.
Eu repito o que ele disse no dia da lanchonete e ele ri.
— Se você diz, eu acredito. — seus olhos caem em mim e permanecem por um demasiado tempo. O olhar se asssemelha ao daquela noite, antes dele me beijar, e um frio faz passagem pelo meu estômago. Eu sou a responsável pela quebra do contato visual. Olhá-lo me lembra muitas coisas. Coisas que, me recordando agora, me deixam constrangida. E como se lesse meus pensamentos, ele volta a falar: — Olha, Bárbara... eu sei que disse que nunca passaríamos de amigos...
— Colegas. — eu o enfatizo, olhando-o. Um riso baixo ecoa pelo carro e eu me vejo contagiada pelo seu bom humor.
— Isso, colegas. — concordou. — Mas... eu queria que você soubesse que eu nunca conseguiria.
Franzo o cenho.
— O que?
Creed vira seu rosto para mim, e as palavras deslizam pelos seus lábios e refletem nos meus pelos eriçados.
— Ser só o seu amigo.
Deixo que um suspiro baixo escape pela minha garganta. Esse sempre foi o meu maior medo, desde o começo. Quero dizer... Creed se mostrou um cara nem-tão-odiável-assim com o decorrer do tempo. Eu passei a apreciar nossas conversas, até mesmo sua companhia; mas do que adiantou?
— Creed...
— Não, me deixe terminar. — ele ergueu sua mão, em um claro sinal para que eu me calasse. Assim eu faço. Ele complementa, retornando sua mão ao volante e os olhos no pára-brisa. — Eu não quero que se sinta enganada por mim. Eu pensei que... me aproximando da forma certa, teria uma chance. E eu confesso, — ele soltou uma risada nasal, me olhando. — eu já pensei em desistir de tudo mais vezes do que poderia contar. Mas então, de repente, nos beijamos e eu... caramba, é tudo em que eu tenho pensado desde então.