24 | você não deveria ter certeza?

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson point of view
San diego, CA

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   — Esse decote não me deixa muito oferecida?

Mamãe perguntou, enquanto analisava-se diante do espelho do meu quarto. Ela usava um vestido tubinho preto, com um decote ousado no busto e que deixava suas pernas incríveis. Fazia muito tempo desde que eu não via a minha mãe se arrumar para um encontro — e estar ansiosa por isso.

O nome do cara era Mark. Eu já havia o visto algumas vezes no café. Nos últimos dias, havia se tornado algo quase rotineiro, até. Qualquer que fosse o horário, ele estava lá. Talvez fosse pelo café, mas as suas olhadelas nada discretas na minha mãe indicavam outras intenções. Ela não acreditou em mim até, hoje, ele lhe convidar para sair.

Com todo o problema financeiro do café, ela acabou deixando sua vida amorosa de lado. Ela nunca foi realmente muito agitada, pra falar a verdade. Houveram caras, é claro, mas todos não passaram de uma noite. Acho que o lance com o meu pai biológico lhe trouxe alguns traumas que prorrogam até hoje. De todo modo, esse não é um assunto agradável e Mary é sempre muito curta e grossa quando seu nome é tocado. E eu respeito isso.

— Mãe, você está linda. É sério. — sorri de maneira confiante para a mulher de cabelos longos e negros, que me retribui um agradecido através do espelho.

Ela se vira para mim, agitada.

— Estou tão nervosa! — ela me confessa. — Me sinto como uma adolescente no primeiro encontro. Isso é normal? — ela me pergunta, e eu acabo rindo.

— Você é apenas uma mulher que vai sair com um cara bonito. É absolutamente compreensível você estar nervosa.

Ela suspira e vem até a cama, se sentando ao meu lado.

— Faz muito tempo que não faço isso. E se eu estiver emperrada nessa coisa de encontros? — ela me olha, duvidosa.

Tombo minha cabeça para o lado.

— Você vai pegar o jeito de novo. Esse cara é sortudo por você ter aceitado o seu convite.

Mamãe abre um sorriso pequeno, porém, sincero. Eu odiava vê-la tão apreensiva, mas parte de mim entendia que isso era completamente normal.

De repente, a campainha toca, e Mary pula da cama em um salto.

— Meu Deus, ele chegou! E eu nem decidi se vou com esse vestido! — ela divagava, andando de um lado para o outro no quarto, exalando tensão. Contive a gargalhada no fundo da minha garganta. Mary parecia realmente uma adolescente no seu primeiro encontro. — Bárbara, o que vou fazer?

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