Bárbara Johnson e Victor Collins são melhores amigos há anos, e se orgulham da relação aberta e sincera que construíram desde então.
Nunca mentiram, nunca brigaram, e nunca guardaram segredos um do outro. Mas, quando entram no ensino médio, Bárbara...
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Bárbara Johnson — point of view San diego, CA
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maratona 4/5
Qual é a roupa ideal para um jogo de basquete?
Faziam alguns minutos desde que me fiz esse mesmo questionamento em frente ao espelho do meu quarto. Será que essa calça jeans está básica demais? Eu deveria usar algo mais... agradável? Um vestido, talvez?
Quero dizer... por que diabos eu estava me preocupando tanto com isso? É só mais um jogo idiota do colégio. Eu não precisava agradar ninguém.
Ou era o que eu precisava, a todo momento, me lembrar.
Subitamente, ouço batidas suaves na minha porta. Olho-a por cima de meus ombros quando seu rangido denuncia a chegada de Victor. Ele sorri sem graça para mim, enfiando suas mãos nos bolsos do jeans claro quando escora-se no batente da porta, me analisando.
— Já está se arrumando?
— O que você acha disso? — eu me volto ao espelho, passando minhas mãos pelo jeans de cós baixo que reveste minhas pernas. A dúvida me consome por dentro, e uma opinião masculina poderia cair como uma luva naquele momento. — Está "Eu vim para assistir ao jogo de basquete"?
— Desde quando se importa com isso?
Eu não sei, pensei.
Olho para o meu próprio reflexo, respondendo em um dar de ombros tímido:
— Eu não me importo, é só que... — me perco nas palavras, porque não sei realmente o que lhe responder. Ele tinha razão. Eu nunca me importei.
— Quer agradar o Creed? — sinto certa acidez em seu comentário. Meu olhar foge para seu corpo através do reflexo do espelho.
— Não tem nada a ver com ele.
Digo, levemente ofendida.
É claro que não, isso seria patético.
— É claro que não. Eu não sei porque disse isso, me... desculpe. — ele se recompõe, com vergonha, quase como se houvesse se dado conta do que acabara de dizer. — E como você pretende ir? Ele por acaso vem aqui te buscar?
Ele muda de assunto, coçando sua nuca. Sei que isso é um claro sinal de incômodo.
— Não, ele não vem. Eu vou andando. A escola não é muito longe daqui.
— Tá brincando?! — Victor exclama, incrédulo, e eu me viro para ele, franzindo o cenho. — Está escuro, e é perigoso. Eu vou deixar você lá.
