21.1 | casa do lago

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson  — point of view
San diego, CA

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  — Calcinhas?

  — Aqui.

  — Repelente?

  — Aqui também.

  — Lanterna? — a pergunta de minha mãe me faz desviar os olhos da mala aberta e pousá-los nela. Seu rosto tomado por seriedade me faz acreditar que ela, definitivamente, não está brincando, então eu me permito soltar uma risada nasalada.

   — Mãe, eu vou pra uma casa no lago, não para um acampamento.

   — É, mas e se acabar faltando luz? — ela rebate, dobrando a minha blusa, um pouco agitada demais. Eu sabia que ela estava surtando com a ideia da sua própria filha passar um final de semana inteiro no meio do mato com uma família que ela sequer conhecia muito bem, mas mamãe jamais me impediria de fazer nada. Ela nunca fez o título de mãe superprotetora. E quando soube que Victor também estava indo, uma parte de si se permitiu ficar menos aflita — de alguma forma, para ela, eu estaria em "boas mãos". Certo? Errado. Eu reviro meus olhos disfarçadamente quando ela volta a abrir a boca: — É o que eu sempre digo... melhor precaver do que...

    — Remediar. — completo, tombando minha cabeça para o lado e lhe encarando com monotonia. — É, eu sei, mãe.

    — Não me culpe por me preocupar. É uma situação nova para mim, ok? Você nunca passou tanto tempo fora de casa. — se explicou, colocando a blusa recém dobrada dentro na minha pequena mala de mão. Essa era a última. Diante disso, ela se senta na beirada da minha cama, deixando um suspiro escapar à medida que fixa sua atenção em mim.

     — Eu vou ficar bem, mãe. Quando você menos esperar, já vou ter voltado. — lhe exibo um sorriso sem mostrar os dentes.

     — E você está animada? — ela me questiona conforme eu arrumo meus pertences dentro da mala.

     Animada era uma palavra forte demais, pra falar a verdade. Durante a semana que se estendeu após o jantar com os pais do Creed, eu vivi um dilema interno sobre o convite, se eu deveria aceitar ou não. Eu deveria ir? Mais do que isso, eu queria ir? Porque ir significava encarar Victor por 2 dias inteiros sem deixar que a situação conflituosa entre nós interferisse na rotina das pessoas ao nosso redor — digo, os pais do Creed, Megan e até o próprio Creed —, e não ir significava deixar um Creed magoado. Ele passou todos esses dias insistindo pela minha companhia. Se você não for, eu não vou, e se eu não for, eu vou precisar dizer aos meus pais que é por sua causa, foi exatamente isso que ele usou como arma para me persuadir. E ele conseguiu.

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