23 | você não é ela

889 80 81
                                    

Victor Collins  — point of viewSan diego, CA

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

Victor Collinspoint of view
San diego, CA

+30 comentários para desbloquearem o
próximo capítulo (emojis não valem, nem números, pontos
ou comentários repetidos, também não se esqueça de
votar no capítulo)

Eu estava fodido.

E, apesar de estar ciente de que todas as ações geram consequências, elas se tornaram insignificantes assim que eu a beijei.

Assim que eu beijei a minha melhor amiga. Não uma, mas duas vezes.

Ainda era certo eu chamá-la assim?

Muita coisa mudou. Eu não sei quando, mas sabia que haviam mudado. Eu ainda me perguntava como havíamos passado de amigos que assistiam a filmes no seu sofá até tarde para duas pessoas se beijando como dois animais na sua cozinha. Se, há alguns meses, me dissessem que eu estaria beijando Bárbara Jonhson — a mesma garota que eu costumava dormir junto e perambular de roupa de banho pelo quintal —, eu provavelmente gargalharia na cara dessa pessoa.

Até meses atrás, soava impensável a ideia de beijar Bárbara. Mais do que isso: incabível. Quero dizer, ela sempre foi bonita, entretanto, eu não a via desse jeito, como via a maioria das garotas. Mas, ultimamente, ela é tudo o que eu mais tenho pensado — e desejado. E isso é estranho e confuso pra caralho.

O pior é saber que, apesar de ser uma ideia tão inacreditável, eu gostei de cada parte dela. E que, naquele momento na sua cozinha, eu estava disposto a ir até o final. Sem culpa, sem remorso. Apenas eu e ela. Pelo menos, até Megan nos atrapalhar.

Eu não deveria ficar tão bravo por isso, mas eu fiquei.

Eu passei os últimos dias me perguntando qual era o certo a se fazer, antes que a culpa acabasse de corroer o resto da minha mente. Eu sabia exatamente por quem meu peito batia forte e meu corpo ansiava. A garota dos cabelos castanhos que, por muito tempo, foi apenas a garota da casa ao lado. Por outro lado, havia Megan. Ela significava segurança, estabilidade. Ela era a minha certeza. Eu sabia que ela estaria lá, independente da situação, porque ela me amava.

E talvez eu a ame também. Não ela, propriamente, e sim a ideia de estar com ela.

Mas será que isso é o suficiente?

Será que era justo com a Megan? Ou comigo?

Ao final dessa história, alguém vai sair machucado. Talvez seja eu, talvez seja Bárbara, a Megan ou o Creed. Tudo o que tenho certeza é que será inevitável — e brutal. E saber que serei o causador desse sofrimento me angustia.

Má ideia Where stories live. Discover now