Bárbara Johnson e Victor Collins são melhores amigos há anos, e se orgulham da relação aberta e sincera que construíram desde então.
Nunca mentiram, nunca brigaram, e nunca guardaram segredos um do outro. Mas, quando entram no ensino médio, Bárbara...
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Bárbara Johnson — point of view San diego, CA
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No intervalo, o pessoal se reuniu na mesa do refeitório, como o habitual, para comermos. Falávamos sobre coisas aleatórias, até Angeline Williams aparecer com sua presença exageradamente marcante — e inconveniente.
— Oi, pessoal! — ela exclamou, se enfiando do meu lado. Eu precisei me ajeitar no banco, chegando um pouco para o lado, onde João Lucas estava. Apesar de não estar com os olhos pairados em Lena, podia jurar que seu primeiro ato fora um revirar de olhos. Ela havia me contado sobre a briga entre eles — apesar de eu não fazer a mínima questão de escutar —, e do quanto ficou indignada com o fato de Marco não ver problema algum em Angeline dar em cima dele. Não, quando ele não demonstrava o mínimo de reciprocidade. Para Lena, aquilo foi a gota d'água. O que eu vi na sua garagem foi apenas o começo de mais uma desgastante discussão. E eu estava surpresa? Não.
— Fala aí, Angel. — Gustavo quem a cumprimenta por todos nós.
— Eu tenho novidades! — anunciou, entusiasmada. — Eu finalmente peguei os convites da minha festa de aniversário, e estão f.a.b.u.l.o.s.o.s! — ela disse, pausadamente.
E por que eu pensei em papel rosa, glitter rosa e... laço rosa?
— Festa? Agora eu estou interessado. — Arthur manifestou-se, ao meu lado, e eu lhe lancei um olhar do tipo "Sério?". Ele deu de ombros. Arthur adorava festas, porque elas, por sua vez, significavam bebida de graça, música e garotas soltinhas e desimpedidas, prontas para o abate.
— É. Minha festa de 18 anos. E é claro que todos vocês estão convidados. Será na sexta à noite. — ela disse, em um tom óbvio, parando o olhar em Lena e subindo as sobrancelhas, com um semblante superior estampado em seu rosto: — Até mesmo você, Martinez.
— Obrigada pelo convite, querida, mas eu prefiro ficar em casa do que pisar os meus louboutins no chiqueiro que você nomeia como casa. — ela retrucou, com um sorriso fechado direcionado à loira.
A pose autoconfiante de Angeline fraquejou.
— Milena? — Marco se voltou à namorada, em um timbre censurador, como quem diz "Você sabe o que acabou de falar?". Ela tinha pego pesado daquela vez, eu precisava reconhecer.
— O que é? Vai me dizer que você quer ir?
E lá vamos nós...
— Nós estaremos lá, Angel. — João Lucas assegurou, interrompendo Marco, que estava ao ponto de responder a namorada e ocasionar a 3ª Guerra Mundial.
Angeline sorriu com a resposta que queria.
— Ótimo! — ela bateu palminhas, contente. — E quanto a você, Victor — ela apontou para o cabeludo que estava na minha frente —, eu convidei a sua namoradinha também. Como é o nome dela? Melinda? Mafalda?
