21.2 | casa do lago.

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Bárbara Johnson  — point of viewSan diego, CA

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Bárbara Johnson — point of view
San diego, CA

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Por muito tempo, idealizei esse momento mais como um sonho inalcançável. Apesar de saber que ele nunca passaria de uma mera fantasia, eu gostava de imaginar como seria ter os nossos lábios colados, a sua língua quente deslizando pela minha e as suas mãos emaranhadas nos meus cabelos.

Agora eu tinha certeza.

Aquilo era muito melhor de tudo o que eu já imaginei um dia. Era muito além. Era indescritível.

Meus lábios, que outrora haviam sentido os seus, ainda formigavam pelo contato recente. Eu me sentia eufórica, realizada, anestesiada... uma explosão de sensações que me rodeavam. Eu precisava me beliscar. Só então eu teria a certeza de que isso aconteceu de verdade.

O nosso beijo.

Puta merda. Ainda ainda parecia irreal.

— Bárbara, eu... — ele sussurra, atordoado, quase como se a parte lúcida do seu cérebro houvesse despertado — e só então se dado conta do que acontecera. — Eu...

— Bárbara?

Não, não, não.

Ouço a voz suave de Megan e me afasto de Victor em um solavanco, o coração subindo à boca e a testa suando frio. Virei-me para ela rapidamente, encontrando-a de pé no píer, de braços cruzados. Dessa vez, ela usava um short jeans. Os cabelos loiros ainda estavam levemente unidos. Não olho Victor nesse momento, mas suspeito que ele não esteja tão diferente de mim agora. Nervoso, se torturando com questionamentos.

Será que ela viu alguma coisa?

Mas a sua expressão parecia neutra demais para alguém que acabou de ver o namorado beijar outra garota. No mínimo eu esperaria um olhar fuzilante e uma tentativa de afogamento. Ou ela apenas atuava muito bem — o que eu queria acreditar que não.

Ela não poderia ter visto nada.

— Achei que gostaria de saber que o Creed chegou. — ela comentou, apontando para a casa atrás de si. O meu estômago deu cambalhotas quando o nome dele deslizou pela sua boca e um gosto amargo se espalhou pela minha boca. Acho que esse era o gosto da culpa. — Ele perguntou de você.

Ela esboçou um sorriso mínimo, e eu pisquei meus olhos, assentindo com a cabeça um tanto rápido demais.

Era realmente difícil agir como se nada houvesse acontecido, quando, na realidade, algo aconteceu ali. Algo que eu ainda tentava processar.

Não era irônico o fato de eu ter esperado tanto por esse momento para ele se tornar tão... imoral?

— Ahm... sim... claro, e-eu vou agora mesmo. — gaguejo, nadando até a escadinha com um fôlego que eu julguei ser inexistente. Quando vi, já estava sob as estacas de madeira do píer, pegando as minhas roupas com rapidez e passando pelo corpo da Megan.

Má ideia Where stories live. Discover now